‘Bolsonaro não deveria ser punido antecipadamente’, diz Wilson Lima
Governador do Amazonas criticou decisão do STF.

Neuton Corrêa, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 04/08/2025 às 19:55 | Atualizado em: 04/08/2025 às 19:55
O governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), dobrou hoje, 4 de agosto, aposta numa estratégia que acentuou ainda em abril. Essa estratégia é a de associar seu nome ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Manaus é uma das maiores fortalezas do ex-mandatário na região Norte. A capital do Amazonas tem o maior colégio eleitoral do estado.
Nesta segunda-feira, dia mais drástico do bolsonarismo, até agora, com a decretação da prisão do ex-presidente e a apreensão de seu celular, ato contínuo, Lima saiu em defesa do líder direitista frente à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Em suas redes sociais, o governador criticou a medida e se solidarizou com Bolsonaro. Além de perder o direito de sair às ruas, o ultradireitista está proibido de fazer atividades nas redes sociais.
No entanto, ontem, por telefone, ele participou do ato contra Moraes e o presidente Lula da Silva. Foi ao participar de uma chamada de vídeo feita por seu filho Flávio Bolsonaro, senador da República.
“Em uma democracia, a liberdade de expressão é um direito sagrado que deve ser garantido a todos os cidadãos”, escreveu o governador.
Wilson questiona a prisão ao dizer que “@jairmessiasbolsonaro não tem sentença condenatória e não deveria ser punido antecipadamente pelo simples ato de se manifestar politicamente”.
Leia mais
Apesar de Guedes e Bolsonaro, ZFM chega a quase 100 mil empregos
Veia direitista
A relação com a direita não é novidade em Wilson Lima. Afinal, ele foi eleito na onda bolsonarista em 2018.
Em 2022, ele acentuou sua relação com o campo conservador quando declarou apoio a Bolsonaro.
Mas, a vinculação de seu nome com o ex-presidente começou a ser exposta com mais frequência nos últimos cinco meses.
Isso começou em abril, quando foi à avenida Paulista e subiu em palanque pró-Bolsonaro.
De lá para cá, ele colocou mais verde-amarelo em sua marca e até a usar a camisa da Seleção Brasileira de futebol, prática dos apoiadores de Bolsonaro.
Foto: reprodução/rede social