Bolsonaro blinda Pazuello com mordaça no Exército e na Defesa
Do Equador, o chefe do Executivo ligou para o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, apĂ³s saber informações pela imprensa sobre uma nota que seria publicada

Publicado em: 25/05/2021 Ă s 17:33 | Atualizado em: 25/05/2021 Ă s 17:33
O presidente Jair Bolsonaro proibiu o ExĂ©rcito e o MinistĂ©rio da Defesa de se posicionarem em relaĂ§Ă£o Ă Â ida do general Eduardo Pazuello a um ato polĂtico no Rio de Janeiro no Ăºltimo domingo (23).
Do Equador, o chefe do Executivo ligou para o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, apĂ³s saber informações pela imprensa sobre uma nota que seria publicada.
A informaĂ§Ă£o foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo.
O ExĂ©rcito, entĂ£o, suspendeu um comunicado que faria aos jornalistas, informando que seria aberta apuraĂ§Ă£o disciplinar contra Pazuello, que participou, no domingo, de manifestaĂ§Ă£o a favor de Bolsonaro, no Rio de Janeiro.
Ao subir em um carro de som e discursar para a multidĂ£o, o ex-ministro da SaĂºde violou o Estatuto Militar e o CĂ³digo Disciplinar do ExĂ©rcito, pois ele ainda estĂ¡ na ativa das Forças Armadas.
De acordo com as regras, os integrantes das Forças Armadas nĂ£o podem participar de movimentos polĂticos.
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A puniĂ§Ă£o prevista pode ir desde advertĂªncia atĂ© prisĂ£o, de acordo com decisĂ£o do comandante da Força, general Paulo SĂ©rgio.
Mas o presidente deixou claro que nĂ£o quer nenhuma puniĂ§Ă£o para Pazuello.
O episĂ³dio cria uma nova crise entre o governo federal e as Forças Armadas.
Em março, Bolsonaro demitiu o ministro da Defesa general Fernando Azevedo e Silva porque queria mais apoio da pasta na defesa de seu governo.
Em consequĂªncia, os comandantes do ExĂ©rcito, Marinha e AeronĂ¡utica deixaram o cargo.
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Foto: Alan Santos/PR