Bolsonaro autoriza Guedes discutir com Congresso novo imposto
Guedes convenceu Bolsonaro a liberar a discussão com o argumento de que não se trata da antiga CPMF, porque não haverá aumento da carga tributária

Publicado em: 02/08/2020 às 17:23 | Atualizado em: 02/08/2020 às 17:50
O presidente Jair Bolsonaro confirmou neste domingo (2) que deu o aval para o ministro da Economia, Paulo Guedes, debater com o Congresso a criação de uma ‘nova’ CPMF.
Conforme o governo, em contrapartida à redução ou extinção de outros impostos.
Bolsonaro citou como exemplo a redução de percentuais na tabela do Imposto de Renda ou a ampliação da isenção.
Além da desoneração da folha de pagamento ou a extinção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Segundo o presidente, não haverá aumento da carga tributária.
“O que eu falei com o Paulo Guedes, você fala CPMF, né, pode ser o imposto que você quiser, tem que ver por outro lado o que vai deixar de existir. Se vai diminuir a tabela do Imposto de Renda, o percentual, ou aumentar a isenção, ou desonerar a folha de pagamentos, se vai também acabar com o IPI”, disse.
O presidente conversou com jornalistas ao parar numa padaria, em Brasília, durante passeio de moto.
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Conforme publicou o Ao Minuto, Guedes convenceu o presidente a liberar a discussão com o argumento de que não se trata da antiga CPMF, porque não haverá aumento da carga tributária.
Neste domingo, Bolsonaro ponderou, no entanto, que se a população entender que não é necessário mexer nesses tributos, a saída é “deixar como está”.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é o maior crítico do retorno de um tributo nos moldes da CPMF.
O presidente comentou ainda que o entendimento é de colocar “os dois lados da balança”. “Se o povo não quiser, vou nem falar Parlamento, nós e o Parlamento somos subordinados ao povo”, declarou.
Guedes tenta convencer o presidente a aceitar o envio do projeto com a possibilidade de aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), hoje em R$ 1,9 mil por mês.
Portanto, essa é uma das promessas de campanha de Bolsonaro. O ministro pretende enviar o projeto com o novo tributo ainda em agosto.
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Foto: Isac Nóbrega/Presidência da República