Barroso defende semipresidencialismo com presidente isolado

Para o ministro do STF e presidente do TSE, nesse sistema o presidente fica fora das atividades políticas, passando-as ao primeiro-ministro

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Publicado em: 05/07/2021 às 19:48 | Atualizado em: 05/07/2021 às 19:48

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso (foto), voltou a defender, nesta segunda-feira (5), a implantação do semipresidencialismo no país em 2026. A reportagem é do G1.

O semipresidencialismo é um sistema de governo em que a figura do presidente da República fica mantida como nos moldes atuais – escolhido em eleições diretas –, mas a figura do primeiro-ministro, que é indicado pelo presidente eleito, é introduzida no cenário político. 

“Será o primeiro-ministro quem conduzirá o varejo político. E há possibilidade de destituição não traumática do primeiro-ministro se ele tiver perdido a sustentação política”, disse Barroso. “O presidente não participa do varejo político”, disse Barroso. 

“O presidente continua com seu mandato. Essa é a inovação que eu acho que nós deveríamos implantar para 2026, para que não haja mais nenhum interesse posto em mesa. Eu defendo essa ideia”, afirmou. 

O ministro participou, nesta segunda-feira, do Simpósio Interdisciplinar sobre o Sistema Político Brasileiro & XI Jornada de Pesquisa e Extensão da Câmara dos Deputados, organizado pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), pela Câmara, pela Universidade de Brasília (UnB) e pelo Economics and Politics Research Group (EPRG).

Foto: Abdias Pinheiro/Secom/TSE.