AM lidera ranking de servidores expulsos do governo federal

Publicado em: 29/01/2019 às 06:47 | Atualizado em: 29/01/2019 às 06:47

Neuton Corrêa, da redação

 

De 2003 a dezembro do ano passado, a União expulsou dos seus quadros, no Amazonas, 281 servidores públicos federias.

Só em 2018, as demissões chegaram à casa de 12 exclusões, que foram duas abaixo do registrado em 2017, que, por sua vez, havia registrado uma drástica redução, quando comparadas a 2016, que teve 26 demissões.

Em 2014, as expulsões de servidores públicos federais no estado alcançaram o ponto mais alto, em seis anos, com 30 desligamentos.

Esses números colocaram o Amazonas, proporcionalmente, na comparação com outras unidades da federação, no topo das punições expulsivas de 2018, segundo dados publicados ontem pela Controladoria Geral da União, que faz o acompanhamento dos casos.

De acordo com a CGU, o principal motivo das expulsões foi a prática de atos de corrupção.

Essa punições, em todo o país, atingiram 423 penalidades, o que representou 65,8% do total.

Já o abandono de cargo, inassiduidade ou acumulação ilícita de cargos são fundamentos que vêm em seguida, com 161 casos (25%).

As outras razões que mais afastaram servidores são proceder de forma desidiosa/negligência, 21 casos, e a participação em gerência ou administração de sociedade privada, 6 situações.

Casos enquadrados como ‘Outros’, totalizaram 32 punições.

Entre os atos relacionados à corrupção estão: valimento do cargo para lograr proveito pessoal; recebimento de propina ou vantagens indevidas; utilização de recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares; improbidade administrativa; lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional.

Entre 2003 e 2018, 7.358 servidores foram expulsos da administração pública federal.

Desses, 6.112 foram demitidos; 638 tiveram a aposentadoria cassada; e 608 foram afastados de suas funções comissionadas.

A quantidade de servidores estatutários civis ativos é de cerca de 585 mil, conforme dados constantes no Painel Estatístico de Pessoal.

As pastas com a maior quantidade de expulsões foram o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA) – que até o final de 2018 absorvia o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS); seguido pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo então Ministério da Segurança Pública (MSP).

Na comparação proporcional, o Ministério do Esporte (ME) obteve a média mais elevada com 39,09 expulsões por cada mil servidores, considerando os últimos cinco anos.

 

Foto: BNC AMAZONAS