No AM, presidente do PSOL diz que intervenção no RJ é fuga de Temer

Publicado em: 16/02/2018 às 14:56 | Atualizado em: 16/02/2018 às 14:56

O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, disse no início da tarde desta sexta-feira, dia 16, ao desembarcar em Manaus, que a intervenção militar decretada hoje pelo Planalto na segurança pública do Rio de Janeiro é uma medida de fuga do presidente da República, Michel Temer (MDB), para não enfrentar a reforma da previdência.

A votação da matéria estava prevista para ocorrer na semana que vem e o governo inicialmente dizia que colocaria em apreciação da Câmara dos Deputados logo depois do carnaval. Agora tenta pautar para o dia 28.

Agora, com as Forças Armadas nas ruas do Rio, todas as matérias são trancadas até que o Congresso vote a intervenção.

“O governo não quer votar o projeto (reforma da previdência) porque sabe que hoje não tem votos suficientes. O governo usa o sofrimento do povo do Rio de Janeiro, usa o caos da segurança pública, para impor uma intervenção que, na verdade, tem o objetivo de não colocar a reforma da previdência para votar”, disse Medeiros.

Para ele, a intervenção é pretexto para o que chamou de “saída honrosa” à iminente derrota do governo na Câmara dos Deputados.

Medeiros fez as declarações no desembarque em Manaus para agenda com dirigentes do PSOL no Amazonas.

Sobre o a situação do partido no estado, ele garantiu que o partido terá chapa completa e própria para disputar vagas de deputado estadual e federal, mas não asseverou nada acerca de disputa majoritária para governador e senador.

A respeito disso, o presidente nacional da legenda falou em alianças com outros partidos.

Questionado de matéria nacional desta semana (leia abaixo), quanto a uma aliança de partidos como PT, PDT, PSB, PCdoB e o próprio PSOL, Medeiros confirmou o alinhamento, mas retrucou a hipótese de que a aliança tenha fins eleitorais.

“Trata-se de uma articulação em defesa de direitos”, disse.

Assista à entrevista que ele concedeu ao BNC Amazonas e na qual também comenta o desejo de o PSOL ter o líder do MTST (movimento de trabalhadores sem-teto), Guilherme Boulos, como candidato à Presidência da República pelo partido.

 

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Foto: BNC