Adicional por tempo de serviço a juĂzes custarĂ¡ R$ 1 bi ao povo
O penduricalho Ă© alvo de investigaĂ§Ă£o no TCU, que apura a legalidade e moralidade da liberaĂ§Ă£o de pagamentos bilionĂ¡rios que podem levar ao enriquecimento da magistratura.

Publicado em: 17/04/2023 Ă s 10:48 | Atualizado em: 17/04/2023 Ă s 11:15
O pagamento adicional por tempo de serviço a juĂzes federais, conhecido como quinquĂªnio e que representa um acrĂ©scimo de 5% no salĂ¡rio a cada cinco anos de trabalho, foi restabelecido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apĂ³s 17 anos suspenso.
O benefĂcio, confirmado em decisĂ£o monocrĂ¡tica do corregedor do CNJ, ministro Luis Felipe SalomĂ£o, prevĂª pagamento retroativo e deve custar cerca de R$ 1 bilhĂ£o aos cofres pĂºblicos.
O Conselho da Justiça Federal (CJF) nĂ£o soube informar o impacto financeiro da medida no orçamento, mas estimativas do Tribunal de Contas da UniĂ£o (TCU) apontam que a Justiça Federal jĂ¡ gastou cerca de R$ 130 milhões com pagamentos retroativos e reconheceu outros R$ 750 milhões de benefĂcios atrasados.
O pagamento retroativo terĂ¡ correĂ§Ă£o monetĂ¡ria e juros de mora, respeitando a limitaĂ§Ă£o ao teto constitucional.
Penduricalho carĂssimo ao povo brasileiro
O penduricalho para magistrados Ă© alvo de investigaĂ§Ă£o pelo Tribunal de Contas da UniĂ£o (TCU), responsĂ¡vel pelos pagamentos bilionĂ¡rios.
O TCU estĂ¡ apurando se a liberaĂ§Ă£o do pagamento retroativo Ă© contrĂ¡ria aos princĂpios da moralidade e legalidade, pois pode levar ao enriquecimento ilĂcito na magistratura.
O MinistĂ©rio PĂºblico junto ao TCU tambĂ©m estĂ¡ investigando a legalidade da concessĂ£o desse bĂ´nus aos juĂzes, pois Ă© importante avaliar se o pagamento Ă© razoĂ¡vel e legal.
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O bĂ´nus Ă© destinado a beneficiar cerca de 2 mil magistrados federais em atividade no paĂs, incluindo juĂzes de primeira instĂ¢ncia e desembargadores dos Tribunais Regionais Federais (TRFs).
Em SĂ£o Paulo, hĂ¡ aproximadamente 200 juĂzes que iniciaram suas carreiras antes de 2006, e no Distrito Federal, outros 200 estĂ£o na mesma situaĂ§Ă£o.
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Foto: CNJ