Na 2ª regiĂ£o fiscal, AM responde por 43,56% da arrecadaĂ§Ă£o do paĂs

Publicado em: 22/09/2018 Ă s 11:55 | Atualizado em: 23/09/2018 Ă s 09:56
Por EustĂ¡quio LibĂ³rio, free-lancer
A UniĂ£o arrecadou R$ 109,751 bilhões em agosto, um crescimento real (descontada a inflaĂ§Ă£o) de 1,08% comparado a igual mĂªs do ano passado. No acumulado do ano, a arrecadaĂ§Ă£o chega a R$ 953,621 bilhões, com expansĂ£o de 6,94% em relaĂ§Ă£o a igual perĂodo de 2017.
Na 2ª regiĂ£o fiscal, o Amazonas Ă© responsĂ¡vel por mais de 43% dos tributos federais aĂ recolhidos. É o melhor resultado tanto para o mĂªs quanto no acumulado desde agosto de 2014. Os nĂºmeros foram divulgados na sexta-feira, dia 22, pela Receita Federal.
No caso do Amazonas, que tem na Zona Franca de Manaus (ZFM) a maior fonte de tributos, e junto com os estados de AmapĂ¡, Acre, RondĂ´nia, Roraima e ParĂ¡, integram a 2ª regiĂ£o fiscal, a UniĂ£o recolheu R$ 1,231 bilhĂ£o.
O ParĂ¡, segundo lugar na regiĂ£o, arrecadou R$ 996 milhões. Os outros quatro estados recolheram aos cofres federais, em agosto, R$ 553,14 milhões.
As receitas obtidas pela 2ª regiĂ£o fiscal em agosto totalizaram R$ 2,781 bilhões. Com isso, o Amazonas Ă© responsĂ¡vel pelo recolhimento, naquele mĂªs, de 44,26% desse montante, enquanto o ParĂ¡ arrecadou 35,81%.
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Primeira posiĂ§Ă£o tambĂ©m no acumulado do ano
No acumulado de janeiro a agosto deste ano, a 2ª regiĂ£o fiscal arrecadou o montante de R$ 22,593 bilhões. O Amazonas foi responsĂ¡vel pelo recolhimento de R$ 9,841 bilhões, ficando na primeira posiĂ§Ă£o, enquanto o ParĂ¡, que recolheu R$ 8,012 bilhões, se posiciona em segundo lugar.
Os demais estados dessa regiĂ£o recolheram, nos oito meses do ano, o valor de R$ 4,740 bilhões.
Desta forma, o Amazonas e a Zona Franca de Manaus respondem por 43,56% de toda a arrecadaĂ§Ă£o federal desses seis estados da regiĂ£o Norte. Em 2017, essa participaĂ§Ă£o, alavancada pelas empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM), era de 45,61%.

Quadro com a arrecadaĂ§Ă£o da 2ª RegiĂ£o Fiscal – Fonte: Receita Federal
As receitas administradas pela Receita Federal chegaram a R$ 107,182 bilhões, com aumento de 0,63% em relaĂ§Ă£o a agosto do ano passado. De janeiro a agosto deste ano, o valor ficou em R$ 915,215 bilhões, alta de 5,68% em relaĂ§Ă£o ao acumulado para o mĂªs em 2017.
Segundo a Receita, o resultado pode ser explicado, principalmente, pela melhora do resultado das empresas e na reduĂ§Ă£o de suas compensações de dĂ©bitos, levando ao crescimento na arrecadaĂ§Ă£o do Imposto de Renda Pessoa JurĂdica (IRPJ) e de ContribuiĂ§Ă£o Social sobre o Lucro LĂquido (CSLL) de empresas nĂ£o financeiras, de 10,53%. Em agosto deste ano, o IRPJ/CSLL chegou a R$ 14,639 bilhões, contra R$ R$ 13,244 bilhões em agosto de 2017.
Outros indicadores
A produĂ§Ă£o industrial em agosto cresceu 4,02% em comparaĂ§Ă£o com agosto de 2017. No mĂªs de junho, a queda chegou a 6,67%, em comparaĂ§Ă£o com o mesmo mĂªs de 2017, influenciada pela paralisaĂ§Ă£o dos caminhoneiros no mĂªs de maio. Em julho, o setor jĂ¡ havia apresentado melhora, com alta de 3,51% em comparaĂ§Ă£o a julho de 2017.
ArrecadaĂ§Ă£o sobre produtos industrializados tem alta de 28%
As vendas de bens e de serviços registraram altas de 3% e 3,70%, respectivamente. A arrecadaĂ§Ă£o de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) registrou alta de 28,78% em agosto na comparaĂ§Ă£o com igual mĂªs de 2017. Foram arrecadados R$ 14,639 bilhões em IPI.
Conforme a Receita, a massa salarial (soma dos salĂ¡rios na economia) teve aumento de 6,19% em agosto (fato gerador para o mĂªs de julho), atualizado pela inflaĂ§Ă£o oficial, houve aumento real de 1,63% dos salĂ¡rios. A arrecadaĂ§Ă£o das contribuições para a PrevidĂªncia Social caiu 0,56% em agosto na comparaĂ§Ă£o com o mesmo mĂªs de 2017, chegando a R$ 33,861 bilhões.
Fonte: AgĂªncia Brasil e Receita Federal
Foto: AgĂªncia Brasil