UniĂ£o Europeia vai ajudar Fundo AmazĂ´nia e povo ianomĂ¢mi
Bloco econĂ´mico avalia que incrementar o fundo Ă© a maneira mais rĂ¡pida de se atingir resultados concretos na Ă¡rea ambiental

Publicado em: 23/01/2023 Ă s 21:31 | Atualizado em: 25/01/2023 Ă s 08:05
O vice-presidente Executivo da ComissĂ£o Europeia e lĂder das negociações climĂ¡ticas da UniĂ£o Europeia (UE), Frans Timmermans, disse nesta segunda-feira (23) que o bloco econĂ´mico passarĂ¡ a contribuir para o Fundo AmazĂ´nia e que trabalha para que as doações comecem ainda neste ano.
Criado em 2008 para financiar projetos de reduĂ§Ă£o do desmatamento e fiscalizaĂ§Ă£o do bioma, o fundo foi paralisado no inĂcio do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
No entanto, no primeiro dia de governo, o presidente Lula da Silva (PT) assinou decreto para reativar o mecanismo.
“O que podemos falar hoje Ă© que vamos contribuir para o fundo. O que nĂ£o posso dizer hoje Ă© com quanto, ainda temos que definir isso na UniĂ£o Europeia, mas com certeza vai contribuir, porque acreditamos que essa Ă© a maneira mais rĂ¡pida de mostrar resultados concretos”, disse Timmermans em entrevista Ă TV Globo.
Ele afirmou que as sinalizações do governo Lula da Silva devem ajudar a acelerar o processo, uma vez que a anĂ¡lise do bloco Ă© a de que o governo tem se mostrado comprometido com o combate ao desmatamento.
Ajuda ianomĂ¢mis
Segundo Frans Timmermans, o bloco europeu tambĂ©m prestarĂ¡ ajuda financeira ao povo ianomĂ¢mi, que enfrenta uma crise sanitĂ¡ria no estado de Roraima.
Ele informou que o valor deverĂ¡ ser de 500 a 750 mil euros e serĂ¡ usado para ajuda mĂ©dica e nutricional aos indĂgenas, entre outras prioridades.
Dessa forma, o departamento de Ajuda HumanitĂ¡ria da ComissĂ£o Europeia (ECHO) ficarĂ¡ responsĂ¡vel pelo repasse.
“A UniĂ£o Europeia realmente quer fazer parte em levar infraestrutura para essas pessoas. Precisamos criar um futuro para elas, precisamos lutar contra o fato de elas estarem desesperadas nessa situaĂ§Ă£o”, anunciou Timmermans.
“TambĂ©m precisamos do conhecimento e expertise para levar coisas que elas querem e precisam, porque as pessoas Yanomami tĂªm demandas diferentes de outros povos indĂgenas no Brasil”, completou.
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Foto: Valter Campanato/AgBr