STF adia decisão sobre omissão do governo Bolsonaro ao desmatamento

A sessão foi suspensa por um pedido de vista do ministro André Mendonça, indicado do presidente

STF adia decisão sobre omissão do governo Bolsonaro ao desmatamento

Da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 07/04/2022 às 06:49 | Atualizado em: 07/04/2022 às 06:49

O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou ontem (6) a decisão do julgamento sobre a omissão do governo Bolsonaro co combate ao desmatamento na Amazônia.

Segundo a Agência Brasil, a sessão foi suspensa por um pedido de vista do ministro André Mendonça. Não há data para a retomada do julgamento.

A Corte começou a julgar na semana passada duas ações.

Na primeira, sete partidos (PSB, Rede, PDT, PV, PT, PCdoB e PSOL) pedem que o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm) seja executado de forma efetiva pelas autoridades ambientais.

A segunda ação, protocolada pela Rede, pede o reconhecimento da omissão do governo em coibir o desmatamento na região e a imposição de medidas judiciais de combate aos crimes ambientais.

A relatora, ministra Cármen Lúcia, reconheceu que medidas tomadas pelo governo federal em relação à matéria são inconstitucionais e justificam a intervenção do Judiciário.

Dessa forma, a ministra determinou que o governo federal formule, em 60 dias, um plano de execução efetivo de combate a crimes ambientais. Além de diminuição do desmatamento ilegal em terras indígenas e unidades de conservação na Amazônia Legal.

A princípio, no dia 30 de março, no primeiro dia de julgamento, o advogado-geral da União, Bruno Bianco argumentou que a preservação da Amazônia e o combate ao desmatamento ilegal são desafios que não têm solução fácil.

“Fica muito claro que as impugnações expostas pelos partidos políticos requerentes traduzem pretensões de intervenções diretas e rearranjo na atuação do Poder Executivo, já que não há qualquer omissão, inconstitucionalidade ou afronta a qualquer preceito fundamental, conforme demonstrado”, afirmou a ministra.

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Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado