Professores e advogada vendiam cursos ‘fakes’ da Esbam no interior

Cursos

Publicado em: 19/06/2018 às 18:01 | Atualizado em: 19/06/2018 às 18:01

Ellen da Silva Santos, de 33 anos, e os professores de ensino superior Meyre Jane da Silva, de 49, e Valdir Pavanello Júnior, de 33, mais a advogada Núbia Batista Pinheiro foram presos nesta terça, dia 19, na operação Incautos, da Polícia Civil do Amazonas, acusados de formar organização criminosa para praticar estelionato, falsidade ideológica, furto e dano qualificados, lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio, além de desobedecerem decisão judicial, na venda de cursos superiores falsos.

O bando foi preso em cumprimento de mandados judiciais de prisão preventiva assinados pelo juiz plantonista Celso Souza de Paula. Documentos e veículos dos envolvidos nos crimes foram apreendidos na operação.

A operação surgiu depois de uma representação do Ministério Público do Amazonas (MP-AM) contra os suspeitos e os atuais proprietários da faculdade particular Escola Superior Batista do Amazonas (Esbam), Amós Alves Santos, de 35 anos, e Rubens Pedro de Farias Júnior, de 33, foragidos até às 16h45 desta terça.

Santos e Farias Júnior foram acionados pela 17ª Vara Cível e de Acidentes do Trabalho, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), com pedido de intervenção judicial da Esbam por parte dos sócios-fundadores da instituição de ensino com sede em Manaus.

Também estão sendo procurados pela polícia Marivaldo Carvalho Fonseca e Fabiano Lima da Silveira, suspeitos de integrar o esquema criminoso.

Segundo a polícia, a organização criminosa oferecia cursos de graduação falsos, sem autorização do Ministério da Educação (MEC), em 13 municípios do interior do Amazonas e em um município do estado do Pará. A autorização de funcionamento da Esbam é só para a capital.

Alunos eram iludidos pelos suspeitos com a promessa de regularização dos históricos escolares e expedição dos diplomas de conclusão de curso. Enquanto isso, cobravam mensalidades que pode ter rendido pelo menos R$ 1 milhão.

“Pessoas que residem em alguns municípios do interior do estado foram lesadas por indivíduos que utilizaram uma instituição de renome na capital para expedir diplomas de graduação sem o reconhecimento do MEC”, disse o diretor de Polícia Metropolitana, Geraldo Elói.

Todos os suspeitos foram presos em suas casas, no início da manhã de hoje. Pavanello Júnior no bairro Parque 10 de Novembro (zona centro-sul), Ellen no bairro Novo Aleixo (norte), Núbia no Japiim (sul) e Meyre no bairro Adrianópolis (centro-sul).

 

Municípios onde ocorreram os golpes

  • Presidente Figueiredo
  • Nhamundá
  • Anamã
  • Anori
  • Apuí
  • Autazes
  • Barcelos
  • Beruri
  • Borba
  • Caapiranga
  • Canutama
  • Careiro da Várzea
  • Careiro Castanho
  • Altamira (PA)

 

Foto: Divulgação/Secom