Poliomielite na Venezuela pode antecipar vacinação no Amazonas

poliomielite - Susam - vacina

Publicado em: 15/06/2018 às 17:00 | Atualizado em: 15/06/2018 às 17:05

A confirmação de um caso de poliomielite em uma criança na Venezuela deixou em alerta a Secretaria de Estado de Saúde (Susam) que já propõe antecipar, de agosto para julho, a campanha de vacinação contra a doença no Amazonas.

As autoridades sanitárias locais estão preocupadas com a reintrodução do vírus no Estado, da mesma forma como aconteceu com o sarampo, diante da migração de venezuelanos que entram no Brasil por Roraima e chegam à capital amazonense, para escapar da crise política e econômica no país vizinho.

A situação, segundo o diretor presidente da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), médico infectologista Bernardino Albuquerque, exige atenção do serviço de saúde. Desde 1989, não há registro de poliomielite no Estado e no Brasil, considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como país livre da doença, desde 1994. “Há quase trinta anos, a doença está erradicada no País”, informou.

Vacina o ano todo

Bernardino destaca que a vacina contra pólio ou paralisia infantil encontra-se disponibilizada durante todo o ano nas unidades básicas de saúde da capital e interior e que, anualmente, o Ministério da Saúde instituiu a Campanha Nacional de atualização da caderneta de vacinação em todo o País, quando é intensificada a vacinação contra a pólio.

A meta no Estado é alcançar os 95% de cobertura vacinal definidos pelo MS no caso da poliomielite. “Hoje, estamos com 70,7%. Temos que resgatar essa população residual de 24,7% que não está vacinada e incluir os nascidos vivos do ano passado para cá. Estamos levantando junto com o Ministério da Saúde qual é essa quantidade, para saber se há necessidade de complementar os estoques. Hoje, temos vacina suficiente em estoque para o esquema de rotina”, explicou.

Crianças são o alvo

O público alvo da campanha contra a pólio são as crianças. A imunização completa se dá em três doses. “Os pais devem levar seus filhos aos postos de saúde para iniciar o esquema vacinal, com a primeira dose aos dois meses de vida, a segunda aos quatro meses e a terceira aos seis meses”, detalha. Além disso, complementa, são necessárias doses de reforços que acontecem em crianças com 15 meses e a última aos 4 anos de idade.

 

*Com informações e fotos da Susam.