Petroleiros festejam volta da Petrobrás à exploração do gás do Amazonas

O anúncio neste dia 29 de que a Petrobrás voltará a explorar gás natural na província de Urucu, em Coari, no Amazonas, foi comemorada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP). 

“É um passo importante para a reconstrução da empresa, que vinha sofrendo com a privatização de diversos ativos importantes nos últimos governos”, disse o coordenador-geral da entidade, Deyvid Bacelar.

Conforme o sindicalista, o presidente Lula da Silva deixou claro que o fortalecimento da Petrobrás faz parte do projeto de governo eleito nas urnas. 

“O fato relevante divulgado ratifica o posicionamento do governo federal e da nova gestão da estatal, de que a empresa volta a cumprir seu papel de desenvolvimento econômico e social”, disse.

A estatal abriu processo de licitação para contratar quatro sondas que vão perfurar poços no rio Urucu, Arara Azul, sudoeste e leste do Urucu, todos no estado.

Os equipamentos, que têm capacidade de perfurar até 4.000 metros de profundidades, também serão usados para exploração de óleo na Bahia.

Em nota, a empresa comunicou nesta segunda-feira (29) que as sondas devem iniciar as operações no segundo semestre de 2025.

“É importante a Petrobrás voltar a investir em projetos rentáveis de exploração de petróleo e gás on-shore. Assim, conseguimos ampliar nosso portfólio, aumentando a produção em um cenário de menor custo de investimentos que off-shore, mas com importante retorno para a Petrobrás e o Brasil”, disse o diretor Carlos Travassos.

De acordo com a estatal, as contratações estão em consonância com o planejamento estratégico 2024-2028+ da companhia, que prevê investimento de até US$ 1,7 bilhão.

O objetivo, conforme a Petrobrás, é consolidar novos projetos de desenvolvimento da produção e infraestrutura de campos terrestres de óleo e gás nos próximos anos.

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Desenvestimento

As novas explorações na província petrolífera de Urucu estão na linha do que foi decidido pela diretoria no ano passado. Ou seja, a estatal desistiu de vender esse polo do Amazonas.

Na época, a empresa comunicou que iria “maximizar o valor do portfólio com foco em ativos rentáveis, repor a reservas de óleo e gás, inclusive com a exploração de novas fronteiras, aumentar a oferta de gás natural e promover a descarbonização das operações”.

Foto: Geraldo Falcão/Agência Petrobrás