Pará supera Amazonas em saldo de empregos em outubro

De acordo com dados do novo Caged, Amazonas criou 2,7 mil empregos, enquanto a força de trabalho paraense chegou a 4,8 mil

Pará supera Amazonas em saldo de empregos em outubro

Antônio Paulo, do BNC Amazonas em Brasília*

 

Publicado em: 05/12/2023 às 06:08 | Atualizado em: 05/12/2023 às 11:43

O estado do Pará lidera, na região Norte, o saldo positivo de geração de emprego. Foram 4.863 novas vagas, que fizeram o estoque de empregos formais no estado chegar a 906.960.

Depois de saldo negativo de mais de 17 mil vagas em dezembro do ano passado, o Pará chegou ao décimo mês seguido de resultados positivos.

Em seguida, vem o Amazonas, que teve um saldo de 2.733 vagas de empregos formais em outubro de 2023. O número é resultado de 20,1 mil admissões e 17,3 mil desligamentos.

Os dados são do novo Caged (cadastro geral de empregados e desempregados) e foram divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

No caso do Amazonas, desde o início do ano, são 23,1 mil vagas com carteira assinada geradas no estado. O estoque, ou seja, o número total de pessoas trabalhando com carteira assinada no estado, chegou a 497,2 mil.

Por outro lado, a distribuição de novas vagas por sexo é equilibrada, sendo 1.684 para homens e 1.049 para mulheres. Amazonenses com ensino médio completo são os que mais conquistaram novas vagas com carteira em outubro: 2.144. Jovens entre 18 e 24 anos também são o grupo com maior saldo de vagas: 1.902.

“Levando em conta os cinco setores econômicos avaliados pelo novo Caged, o saldo no Amazonas foi positivo em todos eles.

O comércio foi o setor que teve atividade mais intensa, com 1.049 vagas de saldo, a partir de 5.522 admissões e 4.473 desligamentos. O estoque de pessoas trabalhando nesse setor chegou a 111.996. Na sequência aparecem Construção (+641), Serviços (+529), Indústria (+463) e Agropecuária (+51).

A capital do estado, Manaus, puxou a fila do saldo de empregos formais em outubro de 2023. Foram 2.282, resultado de 18.358 contratações e 16.076 demissões.

Na sequência dos cinco municípios com melhor saldo aparecem Silves (+163), Presidente Figueiredo (+106), Iranduba (+83) e Manacapuru (+57).

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Pará

De acordo com o levantamento, a capital Belém foi a responsável pelo maior saldo de geração de empregos formais no Pará — com 971 vagas, resultantes de 8.996 admissões e 8.025 demissões.

O estoque total de pessoas com carteira assinada na capital chegou a 269.263 empregos formais.

Os outros três municípios que integram a lista dos maiores saldos de empregos gerados no estado, em outubro, são: Marabá (+615), Conceição do Araguaia (+506) e Canaã dos Carajás (+442).

Tocantins

Tocantins obteve a terceira melhor marca no crescimento de empregos formais na região Norte. O estado registrou saldo positivo de 1.758 vagas em outubro. Os setores de serviços e comércio contrataram em maior número do que os demais, repetindo tendência do país

Com 10,8 mil admissões e 9,1 mil desligamentos, o estado do Tocantins chegou em outubro ao décimo mês consecutivo com aumento no saldo de empregos com carteira assinada.

De acordo com o levantamento, a capital Palmas foi a responsável pelo maior saldo de geração de empregos formais no Tocantins — com 985 vagas, resultantes de 4.668 admissões e 3.683 demissões.

O estoque total de pessoas com carteira assinada na capital chegou a 95.214 empregos formais.

Os outros três municípios que integram a lista dos maiores saldos de empregos gerados no estado, em outubro, são: Gurupi (+181), Araguaína (+120) e Aguiarnópolis (+34).

Saldo de empregos (admissão x demissão) na região Norte – outubro:

• Pará – 4,8 mil

• Amazonas – 2,7 mil

• Tocantins – 1,7 mil

• Roraima – 750

• Amapá – 453

• Rondônia – 404

• Acre – 127

1,8 milhão de empregos

No país

O Brasil fechou outubro de 2023 com um saldo de 190.366 vagas formais de trabalho. No período, houve 1,94 milhão de admissões e 1,75 milhão de desligamentos.

São mais de 30 mil empregos a mais do que os gerados em outubro de 2022. Desde o início do ano, o país acumula saldo de quase 1,8 milhão de empregos formais. A variação em dez meses é positiva nos cinco grandes setores da economia e nas 27 unidades da federação.

Os dados do novo Caged indicam também que o estoque total, ou seja, o número de brasileiros que estavam trabalhando com carteira assinada em outubro de 2023, chegou a 44,22 milhões, o maior já registrado na série histórica levando em conta tanto o período do Caged (junho de 2002 a 2019) quanto do novo Caged (a partir de 2020).

Em outubro, a variação foi positiva em quatro dos cinco setores e em 26 das 27 unidades federativas.

entra infográfico

*Com informações do Ministério do Trabalho e Emprego.

Foto: Marcello Casal/Agência Brasil