Pará chora partida de Cláudio Barradas, aos 95 anos

Dramaturgo e professor deixou marca profunda no teatro do Norte e foi nome fundamental da cena cultural da Amazônia.

Adrissia Pinheiro

Publicado em: 30/06/2025 às 16:09 | Atualizado em: 30/06/2025 às 16:09

O teatro e a cultura amazônica perderam, nesta segunda-feira, 30 de junho, uma de suas vozes mais potentes: Cláudio de Souza Barradas, que faleceu aos 95 anos, em Belém. O dramaturgo, poeta, ator, crítico, produtor e sacerdote foi referência na formação artística de gerações e dedicou a vida à arte e à fé com igual intensidade.

Nascido em 1930, no bairro do Umarizal, Barradas descobriu o teatro ainda criança, no Externato Santa Luzia. Entrou no Seminário Metropolitano de Belém na adolescência, mas abandonou a formação sacerdotal em 1950, ao optar pela arte como principal caminho.

Na década seguinte, passou a atuar no teatro amador paraense e, em 1956, fundou o grupo “Os Novos”, ao lado de Margarida Schivasappa. Com ele, participou do 1.º Festival Nacional de Teatro Amador, no Rio de Janeiro.

No palco, viveu textos de autores como Yeats, Jorge Andrade, Jean Paul Sartre, Cecília Meireles e Mário Prata. Na direção, conduziu dezenas de montagens entre os anos 1970 e 1980, explorando temas da Amazônia, da fé e da resistência.

Em 1967, tornou-se professor da então Escola de Teatro da Universidade do Pará, hoje ETDUFPA. Dali, consolidou sua influência como mestre de grandes nomes das artes cênicas no Norte do Brasil. Aposentou-se em 1992, mas nunca se afastou dos palcos.

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Foto: reprodução/redes sociais