Operação mira prisão de 35 membros de quadrilha de venda ilegal de madeira

Conforme a SSP, policiais militares e civis cumprem mandados judiciais de prisão e busca e apreensão em Manaus e Manacapuru

Publicado em: 02/06/2020 às 10:08 | Atualizado em: 02/06/2020 às 10:08

Às 11h de hoje (2), o Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Segurança Pública (SSP), apresenta o resultado da operação Flora Amazônica. A ação foi realizada desde o início da manhã contra organização criminosa que desmata e vende madeira ilegal.

Conforme a SSP, policiais militares e civis cumprem mandados judiciais de prisão e busca e apreensão em Manaus e Manacapuru. Este é município da região metropolitana, a 70 quilômetros da capital.

No total, são 35 mandados de prisão temporária de suspeitos de atuação no grupo criminoso. Desse esquema participam 12 serralherias de Manaus e Manacapuru, que misturavam a madeira ilegal com peças regularizadas para burlar a fiscalização ambiental.

Como resultado, em dez meses essa quadrilha extraiu madeira de cerca de 9 mil árvores nativas da floresta de Manacapuru. Entre elas, castanheira, cupiúba, seringueira, angelim, sumaúma, cedro e outras.

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Empresários bancavam crimes

Consoante as investigações, 95% dessa madeira vendida pela quadrilha abasteciam as duas cidades. Conforme a SSP, o comando do grupo é de núcleo empresarial. Sobretudo que investia nos crimes ambientais e planejava represálias a delegados.

De acordo com as investigações prévias, que duraram quatro meses, a quadrilha é formada por empresários moveleiros, serralheiros, extratores ilegais, motoristas e também servidores públicos. Estes recebiam propina para liberar cargas ilegais.

Interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça ajudaram a revelar o modo de atuação criminosa.

Além das polícias, agentes dos institutos ambientais do estado (Ipaam) e federal (Ibama) e Delegacia de Meio Ambiente (Dema) atuam na operação.

Foto: Artur Castro/Secom