Operação no sul do Amazonas multa sítio e serraria em R$ 1,7 milhão

Dois empreendimentos nos municípios de Apuí e Humaitá foram multados em R$ 1.746.000,84 na quinta-feira, dia 5, na operação de combate às queimadas e desmatamento ilegal no sul do Amazonas.

As ações foram realizadas simultaneamente por órgãos estaduais e federais nos dois municípios, que estão entre os que mais registram focos de calor no estado.

Em Apuí, a 347 quilômetros de Manaus, agentes do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Exército, Corpo de Bombeiros e Batalhão Ambiental da Polícia Militar identificaram suspeitas de queimadas no sítio Araújo, na vicinal do Zacarias.

De acordo com as equipes, o proprietário do sítio confessou o uso do material para o ilícito e foi multado em R$ 75 mil por desmatar ilegalmente 14 hectares de vegetação.

Já no município de Humaitá, a 590 quilômetros de Manaus, a operação voltou à serraria Real Madeireira, embargada na última quarta-feira, dia 4.

Foram apreendidas 3.095 toras de madeira, que ficaram sob controle do proprietário da madeireira como fiel depositário, e a empresa foi interditada. Uma nova multa foi aplicada, no valor de R$ 1.671.000,84.

A serraria fica localizada às margens da BR-319, na comunidade Realidade, local marcado por conflitos por extração ilegal de madeiras e grilagem de terra.

A área é uma das regiões prioritárias para a ação dos órgãos de fiscalização, para combater a prática de ilícitos ambientais.

Ação integrada

A operação é realizada em conjunto pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Ipaam, Corpo de Bombeiros, órgãos da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) e Defesa Civil do Amazonas, em conjunto com a Polícia Federal e Exército Brasileiro.

Humaitá foi escolhida como a cidade-base da operação, e o município de Apuí também será ponto de apoio das ações em campo das tropas de combate às queimadas e desmatamento ilegais.

Os Centros Multifuncionais da Sema e Ipaam em Apuí, Boca do Acre e Humaitá também servirão como núcleos para atender às demandas dos agentes envolvidos na operação.

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Fotos: Divulgação/Secom