MourĂ£o minimiza queimadas na AmazĂ´nia ao comparar com fogo nos EUA
Vice-presidente afirmou que nem todos os focos de calor registrados pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) e outras instituições significam incĂªndios

Publicado em: 14/09/2020 Ă s 11:43 | Atualizado em: 14/09/2020 Ă s 11:43
O vice-presidente Hamilton MourĂ£o minimizou a intensidade das queimadas na AmazĂ´nia.
A negaĂ§Ă£o aconteceu em uma comparaĂ§Ă£o com os incĂªndios que estĂ£o devastando as florestas dos Estados Unidos.
Em entrevista Ă CNN Brasil, neste sĂ¡bado (13), MourĂ£o afirmou que nem todos os focos de calor registrados pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) e outras instituições significam incĂªndios.
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“O que o Inpe acusa Ă© o nĂºmero de focos de calor, que nem sempre significam um incĂªndio”, comentou.
“Qualquer evento acima de 47 graus sinaliza como foco de calor”.
“Como se eu acender uma fogueirinha”, exemplificou.
“Temos que dar a devida proporĂ§Ă£o. É ilegal, temos que combater [as queimadas criminosas], mas nĂ£o Ă© um incĂªndio padrĂ£o CalifĂ³rnia o que estĂ¡ acontecendo na AmazĂ´nia”, afirmou.
Dados
O nĂºmero de focos de calor registrados na AmazĂ´nia entre 1º de janeiro e 9 de setembro deste ano Ă© o maior para este perĂodo desde 2010.
Em 2020, foram registradas 56.425 queimadas na regiĂ£o, um crescimento de 6% em relaĂ§Ă£o ao mesmo perĂodo do ano anterior.
MourĂ£o, que preside o Conselho Nacional da AmazĂ´nia, disse que seu objetivo imediato Ă© derrubar os Ăndices de desmatamento ilegal.
Ações de combate
Para isso, estĂ£o sendo usadas as Forças Armadas.
Ele destacou que as agĂªncias fiscalizadoras estĂ£o com seu efetivo reduzido.
“Coloco como meta final, atĂ© o fim do mandato, em 2022, o retorno aos nĂveis mĂnimos histĂ³ricos dessas ilegalidades. Para isso, trabalhamos o tempo todo tambĂ©m em desenvolvimento, na regularizaĂ§Ă£o fundiĂ¡ria e nos incentivos a atividades econĂ´micas dentro da AmazĂ´nia”, disse.
Ele alegou que hĂ¡ um trabalho contra o Brasil e, em particular, contra o presidente Jair Bolsonaro, por trĂªs grupos que atacam o paĂs.
O primeiro deles, afirma, Ă© formado por aqueles que perderam as eleições em 2018, ligados a dezenas de ONGs, que fazem oposiĂ§Ă£o sistemĂ¡tica.
O segundo seriam governos de paĂses pressionados pelos agricultores que se sentem ameaçados pelo agronegĂ³cio brasileiro.
O terceiro, os ambientalistas que, diz o vice-presidente, realmente acreditam que tudo isso estĂ¡ acontecendo.
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Foto: DivulgaĂ§Ă£o