Maués reduz 48% da taxa de desnutrição infantil com leite grátis

Publicado em: 27/09/2017 às 19:01 | Atualizado em: 27/09/2017 às 19:01

Em apenas seis meses de existência, o programa Leve Leite, da Prefeitura de Maués, reduziu em 48% os índices de desnutrição infantil e os casos de diabetes e hipertensão em idosos, na comparação com os dados de janeiro deste ano.

O Leve Leite é neste momento o maior programa social em andamento no interior do Amazonas, desenvolvido e custeado pela prefeitura local.

De acordo com o prefeito de Maués, Júnior Leite (Pros), os dados foram obtidos junto às unidades básicas de saúde do município.

“Estamos felizes com estes resultados em apenas seis meses, mas a verdadeira conquista para o município são as futuras gerações de crianças saudáveis e também proporcionar mais qualidade de vida para os adultos e idosos de Maués”, disse.

Segundo o prefeito, três municípios do estado já foram conhecer o projeto para implantar um similar.

O projeto beneficia, de segunda a sexta-feira, mais de 3 mil famílias cadastradas com leite produzido a partir da soja e que é distribuído, gratuitamente, em nove pontos localizados nas áreas mais carentes da sede de Maués.

No total, são 12,7 mil pessoas beneficiadas com mais de 3,4 mil litros de leite por dia.

O Leve Leite foi desenvolvido com base nos dados do relatório divulgado pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde sobre a situação nutricional das crianças até 5 anos em 2016, e que indicavam que 6% com magreza acentuada, 10% muito abaixo do peso e 36% com baixa estatura para a idade.

Nos três primeiros meses deste ano, assistentes sociais da prefeitura visitaram famílias em situação de risco social e inscritas em outros programas, como o Bolsa Família, para verificar a necessidade e a quantidade de moradores em cada residência e cadastrá-los no programa.

Nos bairros mais carentes, como Donga Michiles e Senador José Esteves, além do combate à desnutrição infantil, o Leve Leite também modificou a dieta alimentar de centenas de idosos.

“Tenho problemas de pressão alta e os remédios e alimentos mais indicados são caros, mas desde que comecei a tomar o leite de soja no café da manhã estou me sentindo melhor e os exames médicos que fiz estão comprovando a melhora”, atestou a aposentada Claudete Castro Dias, moradora do Donga.

A produção do leite de soja é realizada na noite anterior à distribuição, que começa pontualmente às 7h nos postos de atendimento, envolvendo 46 funcionários em todo o processo.

Cada beneficiário recebe até três litros de leite por dia – de acordo com o tamanho da família –, que são entregues engarrafados em recipientes reciclados fornecidos pela prefeitura.

Rico em cálcio, vitaminas D e B12, além de não possuir colesterol e lactose, para agradar ainda mais o paladar infantil, são acrescentadas essências de morango, chocolate e baunilha ao leite.

De acordo com o prefeito, todo o projeto está orçado em R$ 1,5 milhão anual, investidos na aquisição de cinco toneladas de soja por mês, manutenção das máquinas e dos centros de distribuição, transporte, salários, materiais e equipamentos para os servidores.

 

Além da entrega direta aos beneficiários nos postos de atendimento, o Leve Leite já atende instituições como o Centro de Convivência do Idoso, Associação Pestalozzi e o projeto Palavra Viva com 150 litros de leite nos dias da semana.

 

Foto: Divulgação