Justiça manda residencial parar de jogar esgoto no rio Negro, no AM
De acordo com a decisão, o executivo municipal tem um prazo de 30 dias

Publicado em: 09/02/2024 às 09:56 | Atualizado em: 09/02/2024 às 09:58
A Justiça Federal no Amazonas determinou, nesta quinta-feira (8), que a cidade de Novo Airão adote medidas para suspender o despejo de esgoto de um conjunto habitacional no Rio Negro, no interior do estado. De acordo com a decisão, o executivo municipal tem um prazo de 30 dias.
Conforme apontado pelo Ministério Público Federal, em uma ação civil ajuizada em outubro do ano passado, a estação de tratamento de efluentes de um conjunto habitacional do município está inoperante e com sua estrutura física deteriorada.
Há quase dez anos, todo o esgoto proveniente do residencial tem sido direcionado para o igarapé Antônio Maria, que deságua no Rio Negro.
“O lançamento do esgoto sem tratamento impacta diretamente o Rio Negro e atinge também o Parque Nacional de Anavilhanas, unidade de conservação federal, de proteção integral, que é gerido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), e cujo limite territorial é justamente a margem do rio Negro que banha o município de Novo Airão”, explicou o procurador da República Rafael da Silva Rocha.
O Residencial Peixe-Boi foi construído por meio do Programa Minha Casa Minha Vida e possui 340 residências e mais de 2 mil moradores.
Segundo informado ao MPF pela Caixa Econômica Federal, financiadora da obra, cabe ao município a manutenção dos sistemas, equipamentos e áreas comuns do empreendimento, conforme termo de recebimento assinado pela Prefeitura de Novo Airão, em abril de 2013.
“Além do objetivo de cessar o atual despejo de esgoto no local, a decisão judicial determina que o município de Novo Airão implemente um calendário periódico de reparos e manutenção na estação de tratamento de esgoto do Residencial Peixe-Boi, a fim de prevenir e evitar o retorno da poluição”, disse o MP.
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Foto: Divulgação/MPF-AM