Júri dos assassinos de Bruno e Dom deve ser em Manaus, pede MPF

Motivo: histórico de violência em Tabatinga e na região da tríplice fronteira com Peru e Colômbia.

Publicado em: 28/07/2025 às 18:40 | Atualizado em: 28/07/2025 às 18:40

O Ministério Público Federal (MPF) quer que o julgamento dos acusados pelos assassinatos de Bruno Pereira e Dom Phillips ocorra em Manaus, e não mais em Tabatinga, cidade próxima ao local do crime.

Os procuradores apresentaram o pedido em 17 de julho, mas a divulgação ocorreu apenas neste fim de semana. Eles consideram que o júri em Tabatinga coloca em risco a integridade dos envolvidos e ameaça a imparcialidade do processo.

“Há risco concreto à segurança dos acusados, da população local e, sobretudo, à própria imparcialidade e segurança dos jurados, considerando o grau de periculosidade atribuído aos denunciados”, afirma o MPF.

Segundo o órgão, o perfil dos moradores de Tabatinga, muitos pescadores ribeirinhos e indígenas, somado ao contexto de tensão entre esses grupos na terra indígena Vale do Javari, onde ocorreram os assassinatos, pode influenciar o resultado do julgamento.

A Justiça acusa Amarildo da Costa Oliveira e Jefferson da Silva Lima de duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáveres. A polícia prendeu os dois em junho de 2022, poucos dias após o desaparecimento das vítimas. As investigações concluíram que ambos cometeram o crime diretamente.

Na semana passada, a Justiça Federal também tornou réu Rubén Dario da Silva Villar, o “Colômbia”, apontado como o mandante do crime.

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Foto: reprodução/redes sociais