IndĂ­gena bolsonarista do Norte Ă© uma dos 7 deputados cassados no STF

Confira quem sai e quem entra no lugar deles, de acordo com os cĂ¡lculos da Rede, PSB e Podemos.

IndĂ­gena bolsonarista do Norte Ă© uma dos 7 deputados cassados no STF

Da RedaĂ§Ă£o do BNC Amazonas*

Publicado em: 14/03/2025 Ă s 13:44 | Atualizado em: 14/03/2025 Ă s 13:45

O Supremo Tribunal Federal (STF) cassou o mandato de sete deputados federais eleitos em 2022, entre eles da deputada federal indĂ­gena bolsonarista SĂ­lvia WaiĂ£pi (PL-AP)

Isso com base em regras para a distribuiĂ§Ă£o das sobras eleitorais consideradas inconstitucionais. Como informa O Liberal.

AlĂ©m de SĂ­lvia WaiĂ£pi (PL-AP), foram cassados Sonize Barbosa (PL-AP), Professora Goreth (PDT-AP), Augusto Puppio (MDB-AP), Gilvan MĂ¡ximo (Republicanos-DF), LebrĂ£o (UniĂ£o-RO) e LĂ¡zaro Botelho (PP-TO). Cabe agora ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) refazer os cĂ¡lculos para definir quem assume os mandatos.

A princĂ­pio, em fevereiro de 2024, o STF decidiu que todos os candidatos e partidos podem concorrer Ă s sobras eleitorais.

Assim, os ministros derrubaram clĂ¡usulas, aprovadas em 2021, que condicionaram a distribuiĂ§Ă£o das sobras ao desempenho dos partidos e exigiam um percentual mĂ­nimo de votaĂ§Ă£o nos candidatos.

Dessa maneira, a maioria entendeu que os filtros violam os princĂ­pios pluralismo polĂ­tico e da soberania popular.

Efeitos retroativos

Como resultado, agora, o tribunal decidiu que a decisĂ£o tem efeitos retroativos, ou seja, afeta quem foi eleito com base nos critĂ©rios anulados. Votaram nesse sentido os ministros Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Kassio Nunes Marques, FlĂ¡vio Dino, Dias Toffoli e Cristiano Zanin.

Assim sendo, a maioria considerou que o tribunal nĂ£o poderia chancelar os mandatos de parlamentares eleitos com base em uma regra considerada inconstitucional. Caso contrĂ¡rio, deputados que deveriam estar nos cargos seriam prejudicados.

Sobretudo, o caso começou a ser julgado no plenĂ¡rio virtual, em junho de 2024, mas o ministro AndrĂ© Mendonça pediu destaque, o que fez com que a votaĂ§Ă£o fosse reiniciada no plenĂ¡rio fĂ­sico.

EntĂ£o, na ocasiĂ£o, alguns ministros anteciparam os votos, de modo que a maioria jĂ¡ estava formada.

Ficaram vencidos CĂ¡rmen LĂºcia, Edson Fachin, Luiz Fux, LuĂ­s Roberto Barroso e AndrĂ© Mendonça. Eles defenderam que a decisĂ£o deveria produzir efeitos somente para o futuro, sem afetar o mandato de parlamentares eleitos.

Ou seja, isso porque a ConstituiĂ§Ă£o prevĂª que a lei que alterar o processo eleitoral nĂ£o se aplica Ă  eleiĂ§Ă£o que ocorrer em atĂ© um ano da data de sua vigĂªncia.

Portanto, e acordo com os cĂ¡lculos da Rede, PSB e Podemos, estas serĂ£o as trocas realizadas:

  • Sai Professora Goreth (PDT-AP), entra Professora MarcivĂ¢nia (PCdoB- AP)
  • Sai Silvia WaiĂ£pi (PL-AP), entra Paulo Lemos (Psol-AP)
  • Sai Sonie Barbosa (PL-AP), entra AndrĂ© Abdon (PP-AP)
  • Sai Gilvan MĂ¡ximo (Republicanos-DF), entra Rodrigo Rollemberg (PSB-DF)
  • Sai LebrĂ£o (UniĂ£o Brasil-RO), entra Rafael Bento (Podemos-RO)
  • Sai LĂ¡zaro Botelho (PP-TO), entra Tiago Dimas (Podemos-TO)
  • Sai Augusto Puppio (MDB-AP) e entra Aline Gurgel (Republicanos-AP)

*Com informações de O Liberal.

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