Ianomâmis: helicóptero de garimpeiros é destruído pelo Ibama

Aeronave foi encontrada em uma pista clandestina e estava fora das normas da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)

PRF fecha 16 pistas de garimpeiros na terra dos ianomâmis

Publicado em: 31/05/2024 às 21:28 | Atualizado em: 31/05/2024 às 22:02

Um helicóptero usado para dar suporte à logística do garimpo ilegal na Terra Indígena Ianomâmi foi destruído por agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) nessa quinta-feira (30) em Roraima. 

A aeronave foi encontrada em uma pista clandestina que presta apoio à atividade ilegal. A ação faz parte da operação Xapiri-Omama, deflagrada pelo Ibama.

O helicóptero estava adaptado para aumentar a capacidade de abastecimento, ou seja, fora das normas da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), segundo o Ibama. 

Conforme o balanço da operação, até o momento, as ações resultaram na destruição de 11 aeronaves (8 aviões e 3 helicópteros), 13 dragas, 167 motores estacionários e 8 automóveis.

Além de mais de 45 mil litros de combustíveis, foram destruídos 29 barcos e 61 acampamentos de garimpeiros desmontados. 

Também foram apreendidas 10 aeronaves, 12 toneladas de cassiterita, 389g de ouro, 4kg de mercúrio, 10 armas de fogo, 4 automóveis e 23 antenas de internet satelital de alta velocidade “Starlink”.

Emergência

O território ianomâmi está em emergência de saúde desde janeiro de 2023, quando o governo Lula da Silva (PT) começou a criar ações para atender os indígenas, como o envio de profissionais de saúde e cestas básicas. Além de enviar forças de segurança à região para frear a atuação de garimpeiros.

Mesmo com o enfrentamento, um ano após o governo decretar emergência, o garimpo ilegal e a crise humanitária permanecem na região.

Segundo estimativa do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), cerca de sete mil garimpeiros ilegais continuam em atividade no território. 

No entanto, o número de invasores diminuiu 65% em um ano, se comparado ao início das operações do governo federal, quando havia 20 mil invasores no território.

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Foto: Divulgação/PRF