Ianomâmis: governo diz que ações de garimpeiros caíram 73%

No primeiro quadrimestre de 2023 foram 378 alertas, já no mesmo período de 2024, o sistema identificou 102 alertas

Publicado em: 17/06/2024 às 13:33 | Atualizado em: 17/06/2024 às 13:40

O número de alertas de garimpo na Terra dos Ianomâmis teve queda de 73% nos primeiros quatro meses de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (13) pela Casa de Governo em Roraima, responsável pela coordenação das operações federais na Terra Ianomâmi.

De acordo com o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM), que realiza o monitoramento, no primeiro quadrimestre de 2023 foram 378 alertas. Já no mesmo período de 2024, o sistema identificou 102 alertas de janeiro a abril.

Para o diretor da Casa de Governo, Nilton Tubino, os dados do Censipam comprovam a saída de garimpeiros da terra indígena. Desde janeiro de 2023, o governo federal deflagrou uma série de operações para retirar os invasores do território.

“O cerco aos criminosos está se fechando. Com as operações diárias de segurança, estamos inviabilizando a presença dos garimpeiros e, consequentemente, novas áreas de garimpo na TIY”, afirmou.

Por outro lado, dados do sistema de alertas operados por indígenas que vivem no território apontam que 70% das denúncias registradas são sobre presença de garimpeiros. Implantado em setembro do ano passado, há nove meses, o sistema funciona via celular com ou sem acesso à internet – neste período, foram registrados quase quatro denúncias por dia.

A ferramenta usada pelo indígenas é o aplicativo ODK Collect. Ao todo, foram registradas pelos indígenas 70 denúncias sobre riscos sanitários e ambientais nestes nove meses. Dessas, 49 foram relacionadas à presença de garimpeiros. As demais foram sobre incêndios e água contaminada (18%) e de saúde, como casos de desnutrição e surtos de malária (12%).

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Foto: Governo federal/Divulgação