Ianomâmis: ‘Adultos com peso de criança e crianças em pele e osso’

A frase da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajarara revela a situação de abandono do governo Bolsonaro com os indígenas nos últimos 4 anos

Gabriel Ferreira do BNC Amazonas

Publicado em: 21/01/2023 às 20:18 | Atualizado em: 21/01/2023 às 20:18

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajarara declarou neste sábado (21) que é preciso responsabilizar o governo de Jair Bolsonaro pela crise enfrentada pelos Ianomâmis, em Roraima.

“Precisamos responsabilizar a gestão anterior por ter permitido de que essa situação agravasse ao ponto de chegar aqui, e agente encontrar adultos com peso de criança e crianças numa situação de pele e osso”, disse.

Mais cedo, a ministra divulgou que 570 crianças ianomâmis morreram de fome durante os 4 anos da gestão Bolsonaro.

Como prova do abandono do ex-presidente com povo indígena, a reportagem do site The Intercept Brasil revelou ano passado que o governo federal ignorou 21 pedidos de ajuda dos Ianomâmis contra o avanço do garimpo ilegal.

Além disso, no ano de 2020, Bolsonaro questionou a demarcação da terra indígena ianomâmi, sendo inclusive incentivador da exploração naquela localidade.

“A reserva Yanomami tem mais ou menos 10 mil índios. O tamanho é duas vezes o estado do Rio de Janeiro. Justifica isso? Lá é uma das terras com o subsolo mais rico do mundo. Ninguém vai demarcar terra com subsolo pobre. Agora o que mundo vê na Amazônia, floresta? Está de olho no que está debaixo da terra”, disse Bolsonaro em novembro de 2020. 

Em resumo, o governo de Jair Bolsonaro deixou abandonado o povo ianomâmi para fazer motociata, conforme declarou na manhã de hoje o presidente Lula (PT).

A seguir, imagens fortes sobre a condição em que crianças e adultos ianomâmis foram encontradas por técnicos do Ministério da Saúde:

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Foto: Divulgação/Conselhos Distritais de Saúde Indígena (Condisi)