Ianomâmis: governo, enfim, diz saber 5 pontos que mantêm garimpeiros nas terras

A nova estratégia visa desmantelar as bases dos esquemas ilegais e tornar a atividade economicamente inviável para os garimpeiros.

Publicado em: 15/04/2024 às 11:15 | Atualizado em: 15/04/2024 às 11:26

A ação do governo federal contra o garimpo ilegal na terra indígena Ianomâmi ganha uma nova dimensão com a identificação de cinco áreas sensíveis que sustentam as atividades dos garimpeiros clandestinos. Essas áreas incluem desde o fornecimento de combustível até o gerenciamento de postos de gasolina, evidenciando a complexidade e a abrangência dos esquemas criminosos que operam na região.

A estratégia do governo é atacar as bases desses esquemas, sufocando as atividades que permitem a manutenção do garimpo ilegal.

Isso envolve uma série de operações coordenadas, tanto dentro quanto fora da terra indígena, com o objetivo de desmantelar a infraestrutura utilizada pelos garimpeiros e apreender os equipamentos utilizados na atividade ilegal.

A inauguração da Casa de Governo em Roraima marca o início de um novo ciclo de ações contra o garimpo ilegal na região.

Essa estrutura será utilizada como centro de coordenação das operações, permitindo uma abordagem mais eficiente e contínua no combate ao crime.

Um dos principais desafios enfrentados pelo governo é garantir que as ações sejam sustentáveis e impeçam o retorno dos garimpeiros após o término das operações.

Para isso, é fundamental atacar as fontes de sustentação econômica do garimpo ilegal, aumentando os custos logísticos para os criminosos e tornando a atividade economicamente inviável.

Além das operações de fiscalização e repressão, o governo está implementando medidas preventivas, como a construção de “muros” em pontos estratégicos ao longo dos rios para evitar a entrada de garimpeiros por vias fluviais. Essa medida visa fortalecer o controle do acesso à terra indígena e dificultar a atuação dos invasores.

A distribuição de alimentos aos indígenas também está sendo reestruturada, com a contratação de uma empresa privada para realizar essa tarefa.

Isso permite que o Exército concentre seus esforços no combate direto aos garimpeiros, reforçando as operações de fiscalização e repressão.

Essas ações representam um novo capítulo na luta contra o garimpo ilegal na terra dos Ianomâmis, demonstrando o compromisso do governo federal em proteger o meio ambiente e garantir os direitos das comunidades indígenas.

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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil