Grupo de trabalho do governo busca saída para cotas da UEA

Votação dos ministros do STF aconteceu na última segunda-feira (24), em Brasília, e o resultado ficou em 9 contra 1

Publicado em: 27/04/2023 às 22:08 | Atualizado em: 28/04/2023 às 12:39

A Universidade do Estado do Amazonas (UEA), por determinação do governador Wilson Lima (União Brasil), montou um grupo de trabalho para analisar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que julgou inconstitucional as cotas reservando 80% das vagas a alunos que cursaram o ensino médio no estado.

A votação dos ministros aconteceu na última segunda-feira (24), em Brasília, e o resultado ficou em 9 contra 1.

De acordo com o reitor da UEA, André Luiz Zogahib (foto), a notícia da decisão do STF surpreendeu e deixou toda a comunidade acadêmica abalada e, consequentemente, o Amazonas também.

Contudo, ele disse que a UEA está trabalhando para resolver a questão o quanto antes, evitando danos.

“A grande vocação da universidade é a formação de pessoas que vivem nos municípios do Amazonas, sobretudo aquelas que vêm de escola pública”.

https://youtu.be/G1Y-L0xsT0g

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Além disso, o reitor acrescentou que a decisão do STF é preocupante, principalmente porque não prima pelo princípio da equidade, tentando tratar, de sobremaneira, o princípio da isonomia de que todos são iguais perante a lei.

O grupo de trabalho discutirá sobre a distribuição de vagas para o vestibular e sistema de ingresso seriado (SIS), por meio da apresentação de proposta de regulamentação com o objetivo de manter a democratização do ensino superior no estado do Amazonas.

Dessa forma, o grupo tem sete dias para a apresentação de proposta de regulamentação, a contar de 26.

Segundo Zogahib, o governador está empenhado em encontrar uma solução para o impasse.

“Temos unido esforços com senadores, deputados federais e deputados estaduais para que possamos cumprir essa decisão do STF. Mas, também, estamos buscando alternativa para viabilizar o acesso do nosso interiorano, em especial, e também dos alunos da escola pública ao ensino superior”.

Foto: divulgação/UEA