Garimpeiros tomam rios do Amazonas e operação destrói dragas
O objetivo é interromper as atividades de mineração ilegal que vinham sendo praticadas na região

Da redação do BNC Amazonas*
Publicado em: 28/07/2025 às 09:03 | Atualizado em: 28/07/2025 às 09:06
A mineração ilegal levou garimpeiros aos rios Jutaí, Bóia e Igarapé Preto, no município de Jutaí, no Amazonas, onde a operação Kampô, comandada pela Polícia Federal (PF) destruiu 16 dragas.
A ação conta com a participação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e acontece entre os dias 22 e 30/7.
Segundo a PF, o principal objetivo é interromper as atividades de mineração ilegal que vinham sendo praticadas na região, as quais causam severos danos ao meio ambiente e afetam diretamente a qualidade de vida das comunidades e povos tradicionais.
Como resultado, dentre os impactos ambientais identificados, destaca-se a degradação da calha do rio Jutaí e de seus afluentes, assoreamento, lançamento de sedimentos e rejeitos contaminados por mercúrio, substância tóxica utilizada no processo de extração de ouro.
assim, até o momento, foram inutilizados e apreendidos, de acordo com os critérios previstos em normativos ambientais, diversos equipamentos empregados na lavra ilegal, como:
- – 16 dragas,
- – 4 mil litros de combustível,
- – 5 rebocadores,
- – 2 embarcações regionais,
- – 6 voadeiras,
- – frascos de mercúrio,
- – 4 motores de popa,
- – 3 inversores,
- – carregador de bateria
- – e 2 redes de comunicação (Starlink).
Além disso, foram arrecadados documentos e registros que poderão subsidiar futuras investigações criminais voltadas à identificação dos responsáveis pela atividade ilícita e à responsabilização penal, civil e ambiental.
Durante a operação, que segue os protocolos de manejo da fauna, o Instituto de Meio Ambiente da Biodiversidade (IMBio) realizou a soltura de diversos espécimes da fauna silvestre, incluindo 4 tracajás, 2 tartarugas centenárias e um exemplar de iaçá.
É que os animais haviam sido encontrados em posse de garimpeiros e pertencem a espécies classificadas como ameaçadas de extinção, conforme listas oficiais de conservação.
Assim sendo, a operação contou com o suporte da Coordenação de Aviação Operacional (CAOP) e do Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI-Amazônia).
Sobretudo, congrega esforços dos nove Estados da Amazônia Legal Brasileira e dos outros oito países que também possuem a Floresta Amazônica em seus territórios.
*Com informações da Polícia Federal.
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Foto: divulgação/PF