Garimpeiros invadem também terra indígena no Pará
Pessoas físicas e jurídicas em plena atividade na região de Altamira foram identificadas pela PF

Publicado em: 08/07/2022 às 19:37 | Atualizado em: 08/07/2022 às 19:37
A Polícia Federal cumpriu dois mandados de busca e apreensão na operação Escudo Xipaya, deflagrada, nesta sexta-feira (8), para combater garimpeiros ilegais na terra indígena Xipaya, no sudoeste do Pará.
De acordo com publicação do G1, em abril, lideranças indígenas denunciaram a presença de garimpeiros na área.
Celulares de investigados foram apreendidos em Novo Progresso na operação policial e devem passar por perícia. Ninguém foi preso.
A investigação começou após a denúncia em abril. Na época, um grupo de garimpeiros foi preso e liberado após prestar depoimento.
O Ministério Público Federal (MPF) cobrou ações da PF e também da Funai e do ICMbio.
A balsa garimpeira usada por eles para invadir a Terra Indígena Xipaya foi ancorada em porto de órgãos ambientais em Altamira.
“Ao longo das investigações foram identificadas diversas pessoas físicas e jurídicas em plena atividade exploratória, utilizando balsas e dragas entre outros apetrechos, incluindo a utilização ilegal de mercúrio, elemento poluente que causa sérios danos ao bioma”, disse PF em nota.
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Questionada, a PF não detalhou se todos os materiais flagrados sendo usados no garimpo ilegal foram apreendidos e quantos e quem são os investigados, nem a última vez que garimpeiros ilegais foram vistos na terra indígena.
A invasão foi no dia 14 de abril, próximo à aldeia Kaarimá, a 300 km da área central de Altamira.
O caso teve repercussão nacional. O Ibama sobrevoou a área de helicóptero e fez buscas por rios até encontrar a balsa (foto) dos garimpeiros.
Segundo a PF, a presença dos garimpeiros gerou “clima de tensão na região e de conflito iminente”.
Foto: reprodução/O Eco