FVS faz perfil de contaminados e mortos pelo coronavĂ­rus no Amazonas

Estudo da FVS aponta que a populaĂ§Ă£o economicamente ativa foi a mais atingida pelo vĂ­rus, e entre ela, a maioria Ă© de homens

FVS Agentes

Aguinaldo Rodrigues, da RedaĂ§Ă£o*

Publicado em: 10/05/2020 Ă s 11:54 | Atualizado em: 10/05/2020 Ă s 12:11

Um perfil traçado pela FundaĂ§Ă£o de VigilĂ¢ncia em SaĂºde do Amazonas (FVS-AM) aponta que 70% das vĂ­timas contaminadas do coronavĂ­rus (covid-19) no estado estĂ£o na faixa etĂ¡ria de 20 a 59 anos.

AtĂ© o dia 9, o Amazonas registrava oficialmente 11,9 mil contaminados e 962 mortos pelo coronavĂ­rus. Conforme a FVS, a anĂ¡lise compreende o perĂ­odo desde 13 de março, data do primeiro caso divulgado de contĂ¡gio, a 6 de maio.

Desde entĂ£o, o estado sofre expansĂ£o avassaladora tanto no nĂºmero de infectados quanto no de mortos. Importante notar que esses dados nĂ£o levam em conta as possĂ­veis vĂ­timas subnotificadas.

De acordo com a FVS, as estatĂ­sticas mostram que a interiorizaĂ§Ă£o do vĂ­rus no Amazonas se dĂ¡ de forma crescente. Por isso, hoje 54 dos 61 municĂ­pios do interior (88%) jĂ¡ tĂªm casos de coronavĂ­rus (43%).

 

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Sobre esses 70% na faixa de 20 a 59 anos, 64% sĂ£o de pessoas que estavam economicamente ativas. Por consequĂªncia, universo que menos guardou isolamento social.

Outro dado que surge dessa faixa Ă© que pessoas do sexo masculino sĂ£o 64% dos doentes em estado grave.

Em relaĂ§Ă£o aos pacientes internados, 48% tĂªm mais de 60 anos.

 

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O duro ciclo da doença

Conforme o perfil sobre as vĂ­timas fatais do coronavĂ­rus no Amazonas, observou-se que o ciclo da contaminaĂ§Ă£o Ă  morte dura, em mĂ©dia, dez dias.

Consequentemente, o coronavĂ­rus deixa uma alta taxa de letalidade aos amazonenses, acima de 8%.

De conformidade com o estudo da FVS, os sintomas mais observados nos doentes em estado grave, e nos que acabaram morrendo, foram:

  • Febre (92,3%)
  • Tosse (91,6%)
  • Desconforto respiratĂ³rio (83,5%)
  • Dificuldade de respirar (83,1%)
*Texto organizado com informações da Secom

 

Foto: Alex Pazuello/Semcom