Funai reprova plano ambiental do linhão Manaus-Boa Vista

Funai waimiris-atroaris Linhão de Tucuruí

Publicado em: 24/09/2019 às 09:17 | Atualizado em: 24/09/2019 às 12:00

O parecer técnico da Fundação Nacional do Índio (Funai) sobre o projeto de licença ambiental para que o linhão de energia elétrica corte a reserva indígena dos waimiris-atroaris entre Manaus e Boa Vista, pela BR-174, é que ele é cheio de falhas e não pode ser aprovado.

De 721 quilômetros do linhão, 125 passam pela reserva onde vivem 2,1 mil indígenas, em 56 aldeias.

Essa análise foi feita sobre o plano apresentado pela concessionária Transnorte Energia (TNE), dona do projeto de transmissão, na busca de obter licenciamento ambiental ante o impacto da obra no território indígena entre os estados do Amazonas e Roraima.

Segundo o jornal O Estado de São Paulo, o parecer da Funai não é decisivo para o futuro do projeto. Pelo menos 56 aldeias dos waimiris terão de ser ouvidas sobre o projeto. Só após isso é que volta ao órgão para o posicionamento definitivo.

De acordo com técnicos da Funai, de 23 programas de compensação e redução de impactos propostos no plano, quatro são inaptos para apresentação aos indígenas. E os demais precisam de ajustes e têm falhas na elaboração.

 

Leia mais

MPF reage à ação de Bolsonaro de passar linhão por terra indígena

 

Licença pode não esperar pela Funai

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), apontou a construção do linhão como prioridade. E o governo contava ter essa licença até julho passado.

A aprovação do licenciamento ambiental é do Ibama e pode ser feito sem esperar pela posição da Funai.

A Transnorte apresentou um pacote de indenizações aos waimiris de R$ 49,6 milhões por 64 impactos que a obra causará na reserva. Desses, 27 foram considerados irreversíveis.

Leia mais no Estadão.

 

Leia mais

 

https://adm.bncamazonas.com.br/municipios/eletronorte-ameaca-romper-convenio-com-waimiris-atroaris-para-forcar-linhao

 

Foto: Divulgação/Cedida ao BNC Amazonas por leitor