Filme narra expulsão de ribeirinhos para construção da hidrelétrica de Belo Monte

A produção cinematográfica também conta sobre a organização e a conquista do direito de retorno para as margens do rio Xingu (PA)

Usina Belo Monte

Publicado em: 26/11/2020 às 16:58 | Atualizado em: 26/11/2020 às 17:03

Com lançamento global em 24 de novembro, o filme “Volta Grande” conta a história da violenta remoção de mais de 300 famílias ribeirinhas para a construção da Hidrelétrica de Belo Monte, no Xingu (PA). A narrativa também conta sobre a organização e a conquista do direito de retorno para as margens do rio.

De uma população que não havia sido reconhecida como impactada pela hidrelétrica, os ribeirinhos se tornaram protagonistas na luta pelos seus direitos.

Território Ribeirinho, proposta elaborada inicialmente pelos ribeirinhos e debatida de forma participativa com a Norte Energia, concessionária da usina, foi aprovada pelo Ibama em novembro de 2019.

É um processo inédito na história da construção de hidrelétricas no Brasil. Portanto, trata-se, da garantia do direito de retorno dos ribeirinhos para a beira do rio. O local fica em um reassentamento na Área de Preservação Permanente (APP) do reservatório principal da usina.

Em meio à pandemia de Covid-19, em mais uma violação aos direitos dos ribeirinhos, a empresa ainda ameaça entrar com processos de reintegração de posse. Sobretudo contra aqueles que se abrigam nas beiras do rio, no Território Ribeirinho. Dessa forma, isso ocorre enquanto eles aguardam a efetivação de seu direito ao retorno.

A data de lançamento do filme marca os cinco anos da emissão da Licença de Operação da hidrelétrica. Este projeto, portanto, é marcado por diversos e desastrosos impactos socioambientais. Além disso, tem dívidas acumuladas, sendo uma das principais o reassentamento incompleto das famílias expulsas de suas casas no Xingu.

Leia mais em Instituto Humanista Unisinos

 

 

 

Foto: Marcos Corrêa/PR

 

 

 

Leia mais

Lava Jato chega com operação bem perto do Amazonas, no Pará