Estudo indica eficácia de 92,7% no reforço da Pfizer após Coronavac

Cientistas analisaram informações de 14 milhões de pessoas, que foram extraídas do banco de dados do Ministério da Saúde

Fabricantes testam novas vacinas contra variantes do coronavírus e querem saber quanto tempo dura a proteção

Publicado em: 09/02/2022 às 15:54 | Atualizado em: 09/02/2022 às 16:09

Uma dose de reforço da vacina da Pfizer após as duas doses da Coronavac aumenta a eficácia contra infecções da covid-19 (coronavírus) para 92,7%.

Os dados foram publicados nesta quarta-feira (9) pela revista “Nature”, sendo que os pesquisadores analisaram informações de 14 milhões de pessoas no Brasil.

Os estudos anteriores com a Coronavac apontam que, em comparação com não vacinados, de duas semanas a um mês após a aplicação, as duas doses da vacina têm uma eficácia 55% contra a doença e de 82,1% contra casos graves.

No entanto, após 180 dias, a eficácia contra a infecção do coronavírus cai para 34,7% e, contra casos graves, para 72,5%.

Leia mais

Pesquisa afirma que três doses de Pfizer imunizam contra covid da ômicron

O que o estudo desta quarta-feira confirma é que um reforço da vacina da Pfizer – estratégia já adotada e relatada em outras pesquisas como a melhor opção – melhora a taxa de eficácia contra o vírus para 92,7% e, contra casos graves da doença, para 97,3%.

“Nossos resultados apoiam uma dose de reforço da vacina BNT162b2 após duas doses da CoronaVac, particularmente para idosos. Os indivíduos com 80 anos ou mais tiveram proteção menor após a segunda dose, mas uma proteção semelhante após o reforço”, disseram os autores.

O estudo é assinado por 14 pesquisadores das Universidades Federais da Bahia (UFBA), do Rio de Janeiro (UFRJ), da Universidade de Brasília (UNB), do Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz Bahia) e da Universidade de Glasgow, no Reino Unido.

Leia mais no G1.

Foto: Divulgação