Caso Djidja: irmĂ£o da sinhazinha pede para deixar prisĂ£o, Justiça nega
Justiça do Amazonas nega soltura de Ademar Cardoso, acusado de trĂ¡fico de drogas e estupro. Ele e mais nove pessoas responderĂ£o pelos crimes.

Publicado em: 23/08/2024 Ă s 15:43 | Atualizado em: 23/08/2024 Ă s 15:43
A Justiça do Amazonas manteve a prisĂ£o preventiva de Ademar Cardoso, irmĂ£o da ex-sinhazinha Djidja, que foi encontrada morta no final de maio em Manaus. Ademar e sua mĂ£e, Cleusimar Cardoso, estĂ£o presos desde 30 de maio e, junto com outras oito pessoas, responderĂ£o pelo crime de trĂ¡fico de drogas. A decisĂ£o foi assinada na quinta-feira (22) pelo juiz Celso de Paula, da 3ª Vara Especializada em Crimes de Uso e TrĂ¡fico de Entorpecentes (Vecute).
O juiz negou o pedido de revogaĂ§Ă£o da prisĂ£o de Ademar, argumentando que nĂ£o havia motivos para liberar o rĂ©u. Ele destacou que o processo estĂ¡ sendo conduzido de forma eficiente e rĂ¡pida, dentro dos princĂpios da razoabilidade e proporcionalidade. A decisĂ£o contraria o parecer do MinistĂ©rio PĂºblico, que havia recomendado a soltura de Ademar com restrições, como nĂ£o deixar a cidade e evitar contato com os envolvidos no caso.
A investigaĂ§Ă£o revelou que a famĂlia de Djidja era responsĂ¡vel por criar o grupo religioso “Pai, MĂ£e, Vida”, que promovia o uso da droga sintĂ©tica cetamina, causando alucinações e dependĂªncia entre os membros. Ademar tambĂ©m enfrenta uma acusaĂ§Ă£o de estupro, apĂ³s ter aplicado cetamina em uma ex-namorada, que ficou em transe e foi abusada sexualmente. AlĂ©m disso, ele e sua mĂ£e sĂ£o acusados de impedir que outra ex-namorada, tambĂ©m viciada na substĂ¢ncia, fosse resgatada pela famĂlia.
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AtĂ© o momento, a Justiça aceitou apenas a denĂºncia de trĂ¡fico de drogas contra os dez acusados, dos quais seis permanecem presos e quatro respondem ao processo em liberdade. A audiĂªncia de instruĂ§Ă£o estĂ¡ marcada para 4 de setembro, quando as testemunhas de acusaĂ§Ă£o e defesa serĂ£o ouvidas, seguidas pelos depoimentos dos rĂ©us. O MinistĂ©rio PĂºblico ainda pode apresentar novas denĂºncias contra os envolvidos por outros crimes, como charlatanismo, curandeirismo, estupro de vulnerĂ¡vel e organizaĂ§Ă£o criminosa.
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