Desordem em Humaitá: garimpeiros queriam tocar fogo na casa do prefeito
Polícia prendeu 16 suspeitos que atacaram policiais federais e espalharam pânico na cidade.

Da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 22/08/2024 às 15:40 | Atualizado em: 22/08/2024 às 15:40
A desordem que se formou ontem (21), em Humaitá (AM), quando garimpeiros queriam tocar fogo na casa do prefeito, teve como resultado a prisão de pelo menos 16 pessoas.
É que em represália à operação da Polícia Federal, garimpeiros entraram em confronto com os agentes que desembarcaram em um porto privado na cidade.
Conforme o g1, a operação começou na última segunda-feira (19) com o objetivo de combater o garimpo ilegal no sul do Amazonas.
Segundo a PF, as ações contam com o apoio do Ibama e de outros órgãos federais. Em dois dias, 200 dragas de garimpo espalhadas pelo rio Madeira foram destruídas.
Então, manifestantes atearam fogo em pneus em frente ao porto da cidade e trocaram tiros com os policiais.
Além disso, os manifestantes conseguiram invadir o porto e avançar contra a tropa federal com rojões e pedras.
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Vandalismo
Segundo o major da PMAM e comandante do 4º Batalhão de Polícia do Amazonas em Humaitá, Anderson Saifer, houve tentativa, por parte das autoridades, em dialogar com os manifestantes, o que não teria sido respeitado pelo grupo de garimpeiros.
“Infelizmente, alguns desordeiros, alguns vândalos, porque essa é a palavra, não quiseram conversar. Eles atentaram contra a prefeitura de Humaitá, tentaram atear fogo na casa do governante dessa cidade, tentaram ir a vários outros órgãos, jogaram pedras em frente ao Ministério Público da cidade, então, são pessoas totalmente desordeiras”, afirmou o policial.
Após o confronto, ao menos 16 pessoas foram detidas, informou o delegado titular da Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Humaitá, Torquato Mozer.
Ainda segundo a publicação, as detenções ocorreram no fim da noite, horas após o início do confronto. Parte dos suspeitos estavam em posse de rojões e outros explosivos.
De acordo com o delegado, o grupo foi levado à delegacia do município para prestar esclarecimentos nesta quinta-feira (22).
Sobretudo, durante o confronto, um policial teve a perna machucada por explosivos e um jovem foi atingido por um disparo de arma de fogo. O estado de saúde deles não foi informado.
“O trabalho agora, com essas dezesseis pessoas detidas que estão sendo ouvidas dentro de um procedimento específico na unidade policial, é de identificação de quem são as pessoas que manipulam, quem são as pessoas que coordenaram essas atividades de vandalismo, de selvageria, que aconteceu aqui na cidade”, disse o delegado.
A princípio, os policiais federais tiveram que recuar e seguiram viagem pelo rio Madeira.
Assim, inconformados, os garimpeiros seguiram para a frente da prefeitura de Humaitá, onde houve novo confronto, agora com policiais militares, que revidaram a ofensiva.
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Foto: reprodução/vídeo