Cruzamento de dados derruba 32 milhões que recebiam auxílio

O cruzamento de dados pessoais foi um trabalho de quase um ano, o que fez o governo considerar que o número de pessoas que precisarão do novo auxílio é de cerca de 33 milhões

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Publicado em: 16/02/2021 às 16:49 | Atualizado em: 16/02/2021 às 16:49

O cruzamento do banco de dados feito pelo governo federal apresentou um resultado surpreendente: dos 65 milhões do beneficiários do auxílio emergencial, em 2020, sobraram 33 milhões para a nova rodada do benefício em 2021.

A operação pente-fino foi um trabalho de 11 meses, o que fez o governo considerar que o número de pessoas que precisarão do novo auxílio é de cerca de 33 milhões. Entre esses, 14 milhões já estão no programa Bolsa Família. 

A primeira rodada, paga a partir de abril do ano passado, chegou a mais de 65 milhões de pessoas.

Já na segunda rodada, com metade do valor, a partir de setembro, já eram em torno de 57 milhões de pessoas. 

O cruzamento foi feito a partir de 11 bases de dados.

Foi utilizada também uma plataforma desenvolvida pelas secretarias de Governo Digital e de Previdência e Trabalho.

A nova base será usada também para outros programas de renda e de emprego que venham a ser lançados. 

Entre os bancos de dados utilizados estão os do Caged, INSS, MEI, CNIS.

Apenas pelo CPF da pessoa, é possível identificar se é servidor público, militar, aposentado, pensionista, empresário e quem são seus dependentes no Imposto de Renda.

Custos do novo auxílio 

O pagamento de forma ampla do auxílio emergencial em 2020 fez com que o programa custasse mais de R$ 30 bilhões ao mês – valor estimado do Bolsa Família por ano.

Nos primeiros meses, o valor médio pago pelo auxílio foi de quase R$ 900 – mães sozinhas responsáveis pela família recebiam o valor de R$ 1,2 mil.

O custo total do programa ao longo de 2020 chegou a quase R$ 300 bilhões. 

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Foto: reprodução/Yahoo