Prefeitos na mira do MP por altos cachĂªs pagos a artistas em shows
Shows de artistas nacionais no interior do Amazonas e em municĂpios brasileiros despertam atenĂ§Ă£o do MinistĂ©rio PĂºblico e da Justiça por conta dos cachĂªs astronĂ´micos.

Publicado em: 10/03/2024 Ă s 18:30 | Atualizado em: 10/03/2024 Ă s 20:37
CachĂªs astronĂ´micos pagos a artistas para shows em cidades do interior estĂ£o gerando uma onda de processos contra as prefeituras. O uso excessivo de recursos pĂºblicos para bancar esses eventos despertou a atenĂ§Ă£o de adversĂ¡rios polĂticos e do MinistĂ©rio PĂºblico (MP), que acionaram a Justiça em diversos casos.
No Amazonas diversos shows foram alvo de investigaĂ§Ă£o e cancelamentos. Em 2022, no municĂpio de Borba, foram suspensos os shows dos cantores Vitor Fernandes e TarcĂsio do Acordeon. A contrataĂ§Ă£o envolvia cachĂªs de R$ 391 mil para os artistas. O Tribunal de Justiça (TJ-AM) foi acionado pelo MinistĂ©rio PĂºblico do Amazonas (MP-AM) para impedir um show de R$ 700 mil de Wesley SafadĂ£o no estado, tambĂ©m em 2022.Â
Leia mais
Presidente do STJ nĂ£o engole shows no Amazonas e cobra explicações
Somente em 2024, trĂªs apresentações foram alvo de batalhas judiciais por suposto mau uso de verbas pĂºblicas, culminando na suspensĂ£o dos shows de Alexandre Pires, Leo Santana e Gusttavo Lima.
Em TrĂªs Rios (RJ), o MP investiga a prefeitura por possĂvel superfaturamento nos cachĂªs pagos a artistas durante o carnaval.
ClĂ¡udia Leite, Alexandre Pires e Belo teriam embolsado R$ 500 mil, R$ 480 mil e R$ 250 mil, respectivamente, valores considerados exorbitantes por muitos.
Em Embu das Artes (SP), o show de Leo Santana, contratado para celebrar o aniversĂ¡rio da cidade, ficou suspenso por dois dias devido a questionamentos sobre o alto cachĂª do artista.
A situaĂ§Ă£o sĂ³ foi resolvida horas antes do evento apĂ³s a prefeitura recorrer ao Tribunal de Justiça de SĂ£o Paulo (TJ-SP).
Na Bahia, o MP tambĂ©m conseguiu suspender o show de Gusttavo Lima em Campo Alegre de Lourdes, que custaria R$ 1,3 milhĂ£o aos cofres pĂºblicos, valor considerado excessivo para a cidade.
Esses casos levantam questões sobre a responsabilidade fiscal das prefeituras e a necessidade de um maior controle sobre os gastos com eventos pĂºblicos.
A transparĂªncia na gestĂ£o dos recursos pĂºblicos e a busca por alternativas mais econĂ´micas para a realizaĂ§Ă£o de shows sĂ£o fundamentais para evitar o desperdĂcio de dinheiro pĂºblico e garantir que os investimentos beneficiem a populaĂ§Ă£o de forma justa e equilibrada.
Leia mais no Terra