Bolo de fios, como quer Amazonas Energia, pode ter dias contados
Empresas de telecomunicações querem formar entidade sem fins lucrativos para organizar emaranhado de fios nas ruas

Publicado em: 01/04/2022 às 11:11 | Atualizado em: 01/04/2022 às 11:34
Em Manaus, a empresa privada e concessionária pública Amazonas Energia começou a implantar um sistema de medidores de consumo que deixou as ruas mais poluídas visualmente. Agora, operadoras de telecomunicações propõem que esse emaranhado de fios nos postes seja organizado.
Dessa maneira, a Brisanet e a TelComp defendem a criação de uma entidade nacional para ordenar os fios em postes de rua.
A proposta será apresentada à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) durante a consulta pública para as novas regras de compartilhamento de postes com distribuidoras de energia elétrica, mas foi adiantada em audiência pública nesta quinta-feira (31).
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Segundo as contas da Anatel, há um passivo de 9 milhões a 10 milhões de postes que devem ser regularizados, cujo custo é estimado em R$ 20 bilhões. O objetivo é regularizar de 2% a 3% das estruturas por ano.
O desordenamento e a ocupação irregular são problemas antigos do setor, que conta agora com uma complicação adicional: o 5G.
A nova tecnologia vai demandar mais estações para emissão de sinal e, consequentemente, mais cabos.
De acordo com o presidente da TelComp (Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas), Luiz Henrique Barbosa, a nova entidade controlaria todos os contratos das teles para fazer uso dos postes.
“Essa entidade escolheria zeladores locais. A gente sugeriu que um zelador ótimo controlaria aí um grupo de 400 mil a 500.000 postes.”
A sugestão é que as operadoras paguem à entidade criada, que por sua vez repassaria o valor de custo para as distribuidoras de energia elétrica. “A entidade fica com a diferença para fazer o ordenamento e a fiscalização”.
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Foto: Divulgação