Presidente da Amazonas Energia diz o que inviabilizou a vida da empresa

Amazonas Energia busca novo dono devido a dívida crescente e furto de energia, com Âmbar Energia como única interessada. Aneel e medidas legislativas são essenciais para a transição.

Publicado em: 13/09/2024 às 11:15 | Atualizado em: 13/09/2024 às 11:15

O comando da Amazonas Energia (AmE) quebrou o silêncio sobre o delicado processo de troca de dono e as complicações enfrentadas pela empresa, que tem a maior taxa de furtos de energia do Brasil. Márcio Zimmermann, CEO da AmE, revelou que o Grupo Oliveira Energia, que assumiu a distribuidora em 2019, enfrenta uma dívida impagável e a perda de 42% da receita anual devido ao famoso “gato”.

Zimmermann, ex-ministro de Minas e Energia, destacou que a dívida da empresa superou as expectativas iniciais, o que levou à decisão de vender a distribuidora por um valor simbólico de R$ 1. Hoje, a única interessada é a Âmbar Energia, do Grupo J&F, que está em negociações avançadas para assumir a AmE.

Futuro da Amazonas Energia

O futuro da empresa depende da conclusão da consulta pública da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que se encerra nesta sexta-feira (13/9). Além disso, uma medida provisória que prorroga benefícios regulatórios para o próximo dono da AmE vence no dia 12 de outubro.

Leia mais

Amazonas Energia não terá recurso federal enquanto não trocar de dono

A venda da distribuidora é vista como uma última tentativa de equilibrar uma dívida de R$ 10 bilhões com a Eletrobrás e estabilizar uma operação que gera prejuízos contínuos.

Impacto do furto de energia

Um dos principais desafios enfrentados pela AmE é o alto índice de furto de energia.

Segundo Zimmermann, a distribuidora perde anualmente cerca de R$ 646 milhões devido aos “gatos”. Além disso, o governo estadual deve mais de R$ 600 milhões à distribuidora, aumentando ainda mais a pressão financeira.

A venda da Amazonas Energia para a Âmbar, se concretizada, poderá marcar um novo capítulo para a distribuidora, mas o sucesso dessa transição depende de medidas legislativas e do apoio da Aneel para garantir a viabilidade da operação.

Leia mais no investnews

Foto: divulgação