CĂ¡rmen LĂºcia tem quatro recursos urgentes sobre eleiĂ§Ă£o no AM

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Publicado em: 04/07/2017 Ă s 07:10 | Atualizado em: 04/07/2017 Ă s 07:52

Por Rosiene Carvalho, da redaĂ§Ă£o

 

Quatro pedidos para que o Amazonas possa realizar, em agosto, eleições diretas para o cargo de governador do Estado estĂ£o nas mĂ£os da presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), CĂ¡rmen LĂºcia.

Todos tĂªm carĂ¡ter liminar (decisĂ£o rĂ¡pida e provisĂ³ria), foram apresentados por candidatos ao pleito suspenso e criam a expectativa de que nova decisĂ£o sobre as eleições no Amazonas possa sair ainda nesta semana, sendo favorĂ¡vel ou nĂ£o Ă  eleiĂ§Ă£o direta.

Dois mandados de segurança e dois agravos regimentais foram apresentados por candidatos a governador na eleiĂ§Ă£o suspensa: JosĂ© Ricardo (PT), Luiz Castro (Rede) e Eduardo Braga (PMDB).

Com isso, adversĂ¡rios polĂ­ticos demonstram cada vez mais que hĂ¡ entre eles, neste momento, um ponto de convergĂªncia: lutar na Justiça pelo direito do Amazonas realizar eleiĂ§Ă£o direta e que a populaĂ§Ă£o escolha qual deles vai suceder, a partir da legitimidade do voto popular, o governador cassado JosĂ© Melo (Pros).

CĂ¡rmen LĂºcia tem trĂªs caminhos para os processos sob sua relatoria. Um deles Ă© negar anĂ¡lise no plantĂ£o a todos. O outro Ă© analisar e negar os pedidos. E o terceiro Ă© analisar e atender a pedidos, na Ă­ntegra ou em parte.

 

Motim
Com o recesso, apenas questões urgentes sĂ£o apreciadas pela presidente do STF. AlĂ©m das quatro ações judiciais, o prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB), e o deputado federal Pauderney Avelino (DEM) tentaram chamar a atenĂ§Ă£o da ministra para a situaĂ§Ă£o do Amazonas por meio de cartas em que criticam a decisĂ£o de Lewandowski em suspender a eleiĂ§Ă£o direta e manter a administraĂ§Ă£o do estado indefinida.

O Amazonas hĂ¡ dois meses Ă© administrado pelo deputado estadual David Almeida (PSD), que recebeu cerca de 24.189 votos para uma vaga no Legislativo estadual e nĂ£o para o Executivo.

O processo eleitoral em curso, em funĂ§Ă£o da cassaĂ§Ă£o do mandato do governador JosĂ© Melo (Pros) em maio deste ano, foi suspenso por uma decisĂ£o liminar polĂªmica assinada pelo ministro Ricardo Lewandowski Ă s vĂ©speras do recesso judiciĂ¡rio.

 

As ações
Na quinta-feira, 29, dia seguinte à polĂªmica decisĂ£o que depois teve que ser ajustada por Lewandowski, JosĂ© Ricardo apresentou um mandado de segurança pedindo suspensĂ£o da decisĂ£o.

O deputado estadual e tambĂ©m candidato neste pleito suspenso Luiz Castro, no domingo, dia 2, apresentou dois instrumentos jurĂ­dicos para pedir a retomada da eleiĂ§Ă£o direta: um agravo regimental e um mandado de segurança.

Tanto a aĂ§Ă£o de Luiz Castro quanto a de JosĂ© Ricardo receberam, por distribuiĂ§Ă£o, o ministro Marco AurĂ©lio Mello como relator.

As de Castro, por terem sido apresentadas no plantĂ£o, jĂ¡ estĂ£o conclusas para anĂ¡lise da presidente CĂ¡rmen LĂºcia.

Como JosĂ© Ricardo apresentou o mandado de segurança antes do inĂ­cio do plantĂ£o judiciĂ¡rio, seu pedido poderia ter ficado na gaveta atĂ© o fim do recesso.

Nesta segunda, dia 3, porĂ©m, seus advogados entraram com uma petiĂ§Ă£o solicitando que o mandado de segurança seja analisado por CĂ¡rmen LĂºcia no plantĂ£o. E desde segunda-feira a aĂ§Ă£o tambĂ©m estĂ¡ conclusa para avaliaĂ§Ă£o da presidente.

Por fim, Braga protocolizou no plantĂ£o de CĂ¡rmen LĂºcia um agravo regimental que tambĂ©m jĂ¡ estĂ¡ concluso para anĂ¡lise dela. Dos trĂªs que estĂ£o requerendo na Justiça a eleiĂ§Ă£o direta, Braga Ă© o que tinha a equipe jurĂ­dica mais reforçada para apresentar, de imediato, recursos.

No entanto, esperou para apresentar o pedido na segunda-feira, momento de maior clareza de que ações urgentes serĂ£o encaminhadas para a presidente do STF.

 

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