José Ricardo fala do legado de Lula e ataques à ZFM pelo governo Bolsonaro
"Continuarei defendendo esse modelo, os trabalhadores e os empregos de Manaus e do Amazonas”, disse o candidato a prefeito de Manaus

Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília
Publicado em: 09/10/2020 às 06:00 | Atualizado em: 08/10/2020 às 19:35
Em matéria de destaque no Portal de Notícias do PT, o candidato do partido a prefeito de Manaus, José Ricardo, lembrou que a Zona Franca de Manaus vem sofrendo ataques constantes, sobretudo por interesses de outros estados.
“O ministro da economia, Paulo Guedes, com apoio do Bolsonaro, está tomando medidas que tiram os incentivos e poderão fechar as fábricas de Manaus”, criticou.
O petista citou a multinacional Sony que recentemente anunciou o fechamento das suas atividades em Manaus.
“O fim da Zona Franca pode causar um caos social em Manaus, pois não há, a curto prazo, nenhum outro segmento produtivo que possa gerar tantos empregos e arrecadação pública”, alertou o candidato.
Para o deputado, há um legado dos governos petistas para ser defendido, pois na época a capital gerou 123 mil empregos diretos no Distrito Industrial.
“Com o golpe de 2016 e as medidas contra os trabalhadores, não passam de 85 mil empregados”, lamentou.
E prosseguiu: “Por isso, continuarei defendendo esse modelo, os trabalhadores e os empregos de Manaus e do Amazonas”.
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Legado do PT
O deputado federal explicou que os incentivos fiscais da Zona Franca estavam garantidos na Constituição até 2013. O presidente Lula prorrogou por 10 anos, até 2023, e Dilma por mais 50 anos, até 2073.
“Além disso, as obras do Programa Minha Casa, Minha Vida na cidade ajudaram a aumentar os níveis de empregos e contratações na área da construção civil; como ainda as grandes obras de infraestrutura, com recursos federais: a Ponte sobre o Rio Negro e a Arena da Amazônia”, lembrou.
Emprego
O candidato afirmou que o combate ao desemprego em Manaus será uma das suas prioridades.
Para isso, ele e a vice Markilze Siqueira (PSOL) prometem criar a uma Agência de Desenvolvimento para atrair investimentos nacionais e estrangeiros, dar apoio ao micro e empreendedor e gerar renda aos trabalhadores na informalidade.
O candidato apresentou dados sobre o índice de ocupação na cidade, que bateu 18,5% no primeiro trimestre, a maior taxa entre as 12 maiores capitais, segundo o IBGE.
Sinais de uma catástrofe que preocupava já em 2018, quando Manaus registrou a menor quantidade relativa de pessoas economicamente ocupadas, em torno de 23,7%.
“A Prefeitura precisa ir para fora da capital e do país mostrar as inúmeras possibilidades que temos para Manaus”, afirmou.
Foto: BNC Amazonas