Nanicos PHS e PV sĂ£o preparados para ser gigantes na ALE-AM

Publicado em: 09/04/2018 Ă s 06:51 | Atualizado em: 10/04/2018 Ă s 08:06
O Partido Humanista da Solidariedade e o Partido Verde, que estĂ£o entre as menores bancadas da CĂ¢mara dos Deputados – o PHS tem quatro deputados e o PV, cinco – saĂram da prĂ©-temporada eleitoral de 2018 organizados para se tornarem gigantes na Assembleia Legislativa do Estado (ALE-AM).
Do arco de aliança Amazonino Mendes (PDT) e Eduardo Braga (MDB), o PV, que faz parte do Governo do Estado com a presidente da sigla, Eliane Ferreira, em uma secretaria extraordinĂ¡ria, foi utilizado para acomodar os municipalistas, candidatos a deputado estadual que se recusavam a enfrentar siglas que filiaram recorrentes campeões de votos
Com essa condiĂ§Ă£o, o Partido Verde agregou polĂticos com mĂ©dia densidade eleitoral que poderĂ¡ fazer com que eleja, caso as perspectivas de votos se confirmem, atĂ© trĂªs parlamentares, o que jĂ¡ lhe colocaria entre as maiores bancadas do parlamento estadual.
Para o PV, por exemplo, Amazonino e Braga orientaram a filiaĂ§Ă£o de JoĂ£o Campelo, ex-prefeito de Itamarati, presidente da AssociaĂ§Ă£o Amazonense de MunicĂpios (AAM) atĂ© sexta-feira, dia 6; e dos ex-deputados e ex-prefeitos Angelus Figueira (de Manacapuru) e Donmarques Mendonça (de Itacoatiara).
Esse partido também foi o destino de Orlando Cidade, deputado estadual que deixou o Podemos e formalizou rompimento com o presidente da ALE-AM, David Almeida, pré-candidato ao governo.
O fenĂ´meno chamado PHS
JĂ¡ o PHS, do arco de aliança do prefeito Arthur VirgĂlio Neto (PSDB), que estĂ¡ alinhado ao projeto de candidatura a governador do senador Omar Aziz (PSD), pretende repetir o fenĂ´meno que o tornou a maior bancada da CĂ¢mara Municipal de Manaus (CMM), em 2016.
Para aquela eleiĂ§Ă£o, a estratĂ©gia foi filiar polĂticos com potencial de votos semelhantes, tornando-a uma sigla sem cabeça nem calda, mas um corpo em condições semelhante de disputa.
Com chances iguais, o PHS se tornou atrativo para polĂticos com mĂ©dia de atĂ© dez mil votos.
O resultado disso foi a explosĂ£o que teve na semana passada com o fim do prazo do troca-troca de partidos.
Para se ter ideia, o partido que jĂ¡ era grande na CMM, com quatro cadeiras, dobrou sua representaĂ§Ă£o na casa, com a filiaĂ§Ă£o de vereadores que querem se tornar deputados estaduais.
Na avaliaĂ§Ă£o dos parlamentares e ex-parlamentares que foram para a legenda, como os ex-secretĂ¡rios Homero de Miranda LeĂ£o e FabĂcio Lima, o partido sai da temporada com chance real de eleger, caso eles repitam seus desempenhos eleitorais das Ăºltimas campanhas, trĂªs deputados e em condições de sonhar com a quarta vaga na ALE-AM.
Essa estratégia funcionou nas eleições de 2014. Ela foi articulada pelo presidente estadual do PTN, hoje Podemos.
Na ocasiĂ£o, sem alarde, e com nomes de pouca expressĂ£o, Abdala conseguiu transformar o desconhecido PTN no segundo partido mais votado para a ALE-AM, com 153.321 votos, ficou atrĂ¡s apenas do PSD do ex-governador Omar Aziz e elegeu dois deputados.
AtualizaĂ§Ă£o Ă s 13h57 de 9.abr
O ex-prefeito de Manacapuru Ă‚ngelus Figueira foi citado incorretamente como tendo se filiado ao PV {… ex-prefeitos Angelus Figueira (de Manacapuru) …}. O polĂtico foi, na verdade, para o PP, da ex-deputada Rebecca Garcia.
Foto: BNC Amazonas