Em Minas, PSB se rebela contra troca de favores eleitorais com PT

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Publicado em: 02/08/2018 às 18:29 | Atualizado em: 02/08/2018 às 18:29

O diretório do PSB em Belo Horizonte se rebelou contra a decisão da cúpula nacional do partido, anunciada nesta terça-feira, dia 1º, de retirar o ex-prefeito de Belo Horizonte Márcio Lacerda da disputa ao Governo de Minas Gerais.

Como o site Congresso em Foco publicou mais cedo, o próprio Márcio, em “carta aos mineiros” (leia a íntegra), manifestou indignação com o acerto, que tem como contrapartida a retirada da candidatura de Marília Arraes (PT) ao Governo de Pernambuco.

Assim, o PT sai do caminho da reeleição de Paulo Câmara (PSB) em Pernambuco, enquanto o petista Fernando Pimentel também vê sua tentativa de se reeleger governador de Minas beneficiada sem a concorrência de Márcio Lacerda. Para o agora ex-candidato ao Palácio da Liberdade, algo inadmissível.

O mesmo pensa o PSB mineiro, que manifesta “veemente repúdio” contra a cúpula socialista e convoca os filiados para a convenção do próprio sábado, com o objetivo de resistir à “ingerência” anunciada hoje.

Moeda de troca

“O PSB e o povo mineiro, como também a candidatura de Márcio Lacerda, não podem ser objeto de espúria moeda de troca, em favor da manutenção de gestões incompetentes e rejeitadas. Impõe-se, portanto, a não aceitação bem como a resistência que possa restaurar o debate democrático a ética das relações políticas”, diz nota do diretório do PSB em Belo Horizonte.

O acordo costurado mais cedo pela presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, e pelo presidente do PSB, Carlos Siqueira, inclui ainda a posição de neutralidade do PSB na corrida presidencial, negando a Ciro Gomes (PDT) – principal concorrente do PT no campo da esquerda e pretendente do apoio dos socialistas –, uma parceria que poderia fortalecê-lo com graves consequências para os petistas.

O acordo PT-PSB também prevê o apoio do atual governador de Pernambuco à candidatura do ex-presidente da República Lula da Silva, preso e ameaçado de inelegibilidade, ou ao nome que ele indicar para a sucessão de Michel Temer (MDB).

Leia a matéria completa no Congresso em Foco.

 

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Foto: Lula Marques/Agência PT