Conexão Bolsonaro com WhatsApp é difícil de ser comprovada

Publicado em: 19/10/2018 às 13:22 | Atualizado em: 19/10/2018 às 13:23
A denúncia de que o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) teria conexão com o WhatsApp para fazer disparos em massa por meio de empresas pagas pelo apoiadores com o objetivo de prejudicar a candidatura do PT à Presidência da República é difícil de ser comprovada, informou fonte ligada ao Ministério Público (MP).
Conforme essa fonte, há necessidade de provas que indiquem a atuação e conexão da empresa para favorecer um candidato e, ao mesmo tempo, a comprovação de que essa ação prejudicou a campanha de outro candidato.
Conforme matéria publicada na quinta-feira, 18, pelo jornal Folha de S.Paulo, empresários estariam patrocinando ações de disparo em massa pelo aplicativo WhatsApp contra o PT. Além disso, também estaria em curso outra operação desta natureza que seria efetivada na próxima semana, antes da eleição do segundo turno.
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A fonte do MP citada pelo jornal paulista e que pediu anonimato, considera irreais dois fatos. Primeiro, é o valor de 12 milhões de reais atribuído aos pagamentos supostamente efetivados. O segundo é que esse tipo de impulsionamento é mais utilizado em operações de marketing em redes sociais abertas, como Facebook e Twitter. Por ser operado em grupos fechados, o WhatsApp se diferencia das duas outras, o que descartaria essa técnica de impulsionamento, diz a fonte.
Para o interlocutor do MP, chega a ser bobagem e ingênua a sociedade se deixar levar por esse tipo de denúncia, já que não se trata de impulsionamento de conteúdo e mesmo que fosse fake news, diz ele, não teria efeito nenhum, pois teria sido enviada por um estranho, um desconhecido.
A coligação do candidato Fernando Haddad solicitou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que investigue a reportagem do jornal paulista e publicada no dia 18 de outubro e, caso comprovada ação ilegal, pediu a impugnação da candidatura de Jair Bolsonaro.
Foto: Câmara dos Deputados/Arquivo