Vice de Brena Dianná sairá do PT, PV ou PCdoB
Articulação para as eleições municipais em Parintins põe direita e esquerda no mesmo palanque

Neuton Corrêa, BNC Amazônia
Publicado em: 15/03/2024 às 20:45 | Atualizado em: 15/03/2024 às 20:45
Uma articulação deverá colocar no mesmo palanque, em Parintins, os extremos que hoje polarizam a política do país, direita e esquerda.
Isso porque o União Brasil, partido de direita, pretende lançar no município uma chapa a prefeito com o apoio da esquerda.
A legenda já lançou como cabeça de chapa a vereadora Brena Dianná.
Agora, em busca de um vice, a sigla, liderada no Amazonas pelo governador Wilson Lima, oferece o cargo de vice à esquerda.
Nesse caso, a oferta foi à federação Brasil da Esperança, que congrega PT, PV e PCdoB.
Ou seja, neste momento, para ser vice da candidata do governador, o candidato a vice terá que estar filiado a uma das três legendas.
Federação topa
A federação Brasil da Esperança topa a chapa, informou o deputado Sinésio Campos, presidente estadual do PT.
Segundo ele, já há maioria na federação aceitando a chapa.
De acordo com o parlamentar, dos três partidos dois já votaram sim. Esses são PT e PV.
“Ainda que o PCdoB vote contrário, o placar ficará 2 a 1”, explicou Sinésio.
Fenômeno
A oferta da direita à esquerda em Parintins mostra a força do presidente Lula no município.
Ali, ele teve mais 80% dos votos nas eleições de 2022. Esse fenômeno é diferente do que ocorre na capital, onde a força política dominante é a de Bolsonaro.
Isso significa dizer que o líder petista é o político que todos os candidatos da cidade querem ter em suas campanhas.
No caso Brena, abrindo a chapa à federação esquerdista, ela poderá ter oficialmente o apoio de Lula.
Contraponto
Contudo, o vereador Mateus Assayag, adversário de Brena, também trabalha a possibilidade de ter Lula em sua campanha.
Isso pode ocorrer via Omar Aziz, principal aliado de Lula no Amazonas.
Tanto que, esta semana, o vereador trocou o PL, de Bolsonaro, pelo PSD, de Aziz.
Foto: Divulgação – Brena Dianná e Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT