TRE-AM recomenda a empresas de pesquisa que sigam lei eleitoral
Durante audiĂªncia no TRE-AM, o juiz Marcelo Vieira afirmou que institutos de pesquisa devem se adaptar Ă legislaĂ§Ă£o eleitoral para garantir transparĂªncia nas eleições. Representantes dos institutos defenderam a diversificaĂ§Ă£o dos mĂ©todos de pesquisa.

Publicado em: 17/07/2024 Ă s 21:22 | Atualizado em: 17/07/2024 Ă s 21:22
Na tarde desta quarta-feira (17/7), durante uma audiĂªncia pĂºblica realizada no Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), o juiz eleitoral Marcelo Manuel da Costa Vieira enfatizou que os institutos de pesquisa devem se adequar Ă legislaĂ§Ă£o eleitoral vigente. O encontro, solicitado por representantes dos institutos, visou esclarecer questões relacionadas Ă conformidade das pesquisas eleitorais com a ResoluĂ§Ă£o nº 23.600 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
AdequaĂ§Ă£o Ă LegislaĂ§Ă£o
Marcelo Vieira, coordenador do ComitĂª de Combate Ă DesinformaĂ§Ă£o, destacou a importĂ¢ncia da conformidade com a resoluĂ§Ă£o do TSE, que estabelece normas para a realizaĂ§Ă£o de pesquisas eleitorais. “Com todo respeito, nĂ£o Ă© a Justiça eleitoral que precisa se adequar aos institutos de pesquisa, sĂ£o os institutos de pesquisa que tĂªm que se adequar Ă ResoluĂ§Ă£o nº 23.600”, afirmou.
Segundo o magistrado, essa normativa foi elaborada com base em critĂ©rios tĂ©cnicos para assegurar a integridade e o equilĂbrio das informações divulgadas durante o perĂodo eleitoral.
Reivindicações dos Institutos
Os representantes dos institutos de pesquisa presentes na audiĂªncia defenderam a diversificaĂ§Ă£o dos mĂ©todos de coleta de dados, argumentando que ajustes podem ser necessĂ¡rios durante a execuĂ§Ă£o das pesquisas.
AfrĂ¢nio Soares explicou que, devido a fatores alheios ao controle dos institutos, mudanças na metodologia podem ocorrer, como o uso de mais entrevistadores do que o inicialmente previsto. No entanto, essas alegações foram rebatidas pelo juiz, que reafirmou a necessidade de aderĂªncia estrita Ă s regras estabelecidas pelo TSE.
TransparĂªncia no Processo Eleitoral
Vieira ressaltou que o sistema de registro das pesquisas permite a complementaĂ§Ă£o de informações a qualquer momento, sendo essencial que quaisquer modificações sejam devidamente relatadas.
Ele enfatizou que, em caso de litĂgio, as regras nĂ£o podem ser alteradas retrospectivamente. “A regra Ă© que todos obedeçam aos mesmos critĂ©rios e mĂ©todos de pesquisa”, reforçou o juiz.
AudiĂªncia como abertura de diĂ¡logo
A audiĂªncia, embora solicitada pelos institutos de pesquisa para esclarecer supostas tentativas de criminalizaĂ§Ă£o dos estudos eleitorais por parte de alguns partidos polĂticos, foi vista como uma oportunidade para abrir um canal de diĂ¡logo com a Justiça Eleitoral.
AfrĂ¢nio Soares, da Action Pesquisa, considerou o encontro um primeiro passo importante para estreitar as relações com o tribunal, destacando a necessidade de evoluĂ§Ă£o contĂnua dessa discussĂ£o.
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JoĂ£o Alves, do Instituto de Pesquisas do Norte (Ipen), tambĂ©m avaliou positivamente a reuniĂ£o, considerando-a uma oportunidade para esclarecer questões e fortalecer os vĂnculos entre os institutos de pesquisa e o TRE-AM.
“Foi excelente. Acho que foi a maneira de o pessoal esclarecer e realmente estreitar esse vĂnculo entre os institutos de pesquisa e o Tribunal”, afirmou.
Compromisso com a transparĂªncia
Marcelo Vieira concluiu a audiĂªncia reiterando o compromisso da Justiça Eleitoral com a transparĂªncia e a obediĂªncia Ă s leis.
“As decisões precisam ser divulgadas de acordo com o que nos determina a lei. NinguĂ©m pode alegar desconhecimento da lei para evitar ou para fugir. Aqui todos os institutos devem obedecer Ă s mesmas regras”, declarou, sublinhando que a conformidade com os critĂ©rios tĂ©cnicos estabelecidos pelo TSE Ă© fundamental para a legitimidade do processo eleitoral.
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Foto: Ascom TRE-AM