Wilson Lima já é candidato mais citado espontaneamente pelo eleitor

Iniciante na política, Wilson Lima oxigena a mente do eleitor e faz velhos caciques caírem no esquecimento na intenção de voto

Wilson Lima de boa, braga se lascando e Negão sofrendo

Da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 31/05/2022 às 12:06 | Atualizado em: 31/05/2022 às 20:33

Um detalhe novo nas eleições 2022 no Amazonas aparece na pesquisa da Perspectiva publicada hoje, dia 31. É o que revela que o pré-candidato Wilson Lima (União Brasil) é o mais citado espontaneamente pelo eleitor.

Conforme o levantamento feito pela empresa de Durango Duarte, o atual governador é mais lembrado, sobretudo, que os seus principais adversários, Amazonino Mendes (Cidadania) e Eduardo Braga (MDB).

Para os analistas da política estadual, é um dado importante para quem busca a reeleição. É que, apesar de seu pouco tempo na vida política (apenas cinco anos), Wilson Lima já deixou seu nome marcado na memória do eleitor.

E se torna uma expressão do eleitor mais significativa ainda se levado em consideração que os oponentes são caciques históricos da política no Amazonas. Tanto Amazonino quanto Braga têm décadas de carreira política, e já passaram pelo Governo do Estado pelo menos meia dúzia de vezes, juntos, como integrantes que são do mesmo grupo que domina a política há mais de meio século.

Além disso, Wilson Lima apresenta uma tendência de crescimento nessa modalidade de pesquisa, em que o eleitor cita seu candidato sem precisar receber nenhum estímulo. Como, por exemplo, as fotografias e nomes dos concorrentes. Trata-se, portanto, da intimidade particular do entrevistado com o nome de sua preferência para a hora do voto.

Ao mesmo tempo, o líder das pesquisas dessa fase de pré-campanha eleitoral vê a lembrança espontânea de seu nome cair. Mais do que a representatividade do número dessa queda, de apenas 0,1%, é a mensagem que emite: o candidato estacionou, não mostra ter “gordura” para queimar nos quatro meses que ainda faltam para o dia da votação.

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Braga, nome natimorto

O pífio resultado alcançado pelo senador Eduardo Braga na pesquisa espontânea da Perspectiva diz muito sobre o seu futuro político no Amazonas. Seu nome não é lembrado nem por 7% dos eleitores.

Dado frustrante para quem mandou na política do estado, sobretudo em dois mandatos seguidos como governador (2003-2010). Embora, segundo amplamente divulgado pela grande mídia do Brasil, Braga tenha seu nome envolvido em vários casos de corrupção e outros malfeitos.

Hoje, antes do que vão dizer as urnas no dia 4 de outubro, Braga já é um candidato natimorto para a pretensão de governar o estado. A tal ponto de correr nos bastidores que ele vai se retirar e apoiar o seu “pai político”, Amazonino.

Afinal, se teimar na candidatura, pode acrescentar mais uma vergonhosa derrota à sua coleção. Desde 2014, quando levou uma virada de José Melo no segundo turno. Três anos depois, nova derrota, agora para Amazonino, no mandato tampão para concluir o mandato que Melo perdeu no “tapetão”, em ação do próprio Braga. Este não engoliu, até hoje, ter perdido uma eleição que julgava em suas mãos.

Em 2018, ostentando os mesmos elevados índices de rejeição de hoje ao seu nome no Amazonas, Braga não teve coragem de arriscar ficar sem mandato. E logo quando a operação Lava Jato estava bombando no país. Conseguiu nessa eleição a segunda vaga no Senado, a duras penas. Só nas últimas urnas foi que obteve os votos para tirar de Luiz Castro a vitória.

Missão impossível?

Como resultado, o político que teve uma carreira meteórica, de vereador a governador do estado, não deixou boa lembrança na mente do eleitor. De 3 mil entrevistados, só 204 recordaram de seu nome. Um dado, certamente, muito preocupante para quem tem a missão de daqui a quatro anos manter-se com os privilégios parlamentares ante a Justiça.

Ilustração Alex Fidélis/BNC Amazonas