ONU cobra governo Bolsonaro sobre violĂªncia contra indĂ­genas

O documento foi encaminhado ao Itamaraty no dia 28 de maio, mas apenas nesta semana seu conteĂºdo se tornou pĂºblico

IndĂ­genas pagam ‘pedĂ¡gio’ para chegar a municĂ­pio em Roraima

Publicado em: 28/07/2021 Ă s 16:03 | Atualizado em: 28/07/2021 Ă s 19:22

O governo de Jair Bolsonaro Ă© cobrado em carta assinada por oito relatores especiais da ONU a dar respostas sobre uma “escalada de violĂªncia” contra os povos Ianomami e Munduruku.

O documento foi encaminhado ao Itamaraty no dia 28 de maio, mas apenas nesta semana seu conteĂºdo se tornou pĂºblico. Nele, os especialistas alertam para a existĂªncia de uma preocupaĂ§Ă£o internacional sobre o que “aparenta ser violações de normas e padrões internacionais”.

A carta cita ataques contra a AssociaĂ§Ă£o de Mulheres Wakoborun, a contaminaĂ§Ă£o pelo mercĂºrio de terras indĂ­genas e o projeto de lei 191/2020, que regulariza a mineraĂ§Ă£o nas reservas.

A decisĂ£o de enviar uma carta conjunta entre um nĂºmero elevado de relatores da ONU revela a dimensĂ£o da preocupaĂ§Ă£o que hoje o Brasil gera na comunidade internacional.

No sistema eletrĂ´nico da organizaĂ§Ă£o, nĂ£o consta qualquer resposta por parte da diplomacia brasileira.

Na carta, os relatores pedem que o governo explique o que tem feito para evitar essa violĂªncia e os ataques contra indĂ­genas.

AlĂ©m disso, pedem para que as autoridades expliquem como tĂªm lutado contra o garimpo. BrasĂ­lia tambĂ©m Ă© cobrada sobre a aĂ§Ă£o do governo para lidar com o desmatamento, a covid-19 em terras indĂ­genas e saĂºde da populaĂ§Ă£o local.

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