Contrato suspeito leva a bloqueio de R$ 7 milhões de bens de Tadros
Ele Ă© alvo de uma investigaĂ§Ă£o por suposta improbidade administrativa em contrato com o Serviço Social do ComĂ©rcio (Sesc-AM)

Publicado em: 19/07/2021 Ă s 12:10 | Atualizado em: 19/07/2021 Ă s 14:10
O presidente da ConfederaĂ§Ă£o Nacional do ComĂ©rcio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), JosĂ© Roberto Tadros, teve bloqueio de bens determinado pela Justiça do Amazonas, na Ăºltima sexta-feira (16). Ele Ă© alvo de uma investigaĂ§Ă£o por suposta improbidade administrativa em contrato com o Serviço Social do ComĂ©rcio (Sesc-AM).
A decisĂ£o do juiz Leoney Figliuolo Harraquian atende a um pedido do MinistĂ©rio PĂºblico do Amazonas (MP-AM). O documento tambĂ©m inclui bloqueio de bens de Simone de Souza GuimarĂ£es e da empresa Tropical ComĂ©rcio de Derivados de PetrĂ³leo Ltda.
De acordo com o pedido, o Sesc firmou contrato de locaĂ§Ă£o de imĂ³vel com a empresa citada, em Manaus, no valor de R$ 18.000,00, pelo perĂodo de 24 meses. Entretanto, Tadros Ă© um dos sĂ³cios da empresa e, na Ă©poca de celebraĂ§Ă£o do contrato, estava no cargo de presidente do Sesc.
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A Justiça acatou o pedido e terminou bloqueio de bens de Tadros, Simone e da empresa, “incluĂdos os mĂ³veis, imĂ³veis, direitos, ações e ativos financeiros(aplicações financeiras, depĂ³sitos, crĂ©ditos, tĂtulos, valores mobiliĂ¡rios,ações, moeda estrangeira), atĂ© o valor de R$ 7.292.054,04, Ă exceĂ§Ă£o de contas-salĂ¡rio”.
A decisĂ£o Ă© liminar e cabe recurso. O G1 tenta contato com os citados.
Por meio de nota, o presidente do CNC, JosĂ© Roberto Tadros, informou que a questĂ£o se encontrava sob anĂ¡lise do Tribunal de Contas da UniĂ£o (TCU) desde 2016 e, posteriormente, o MinistĂ©rio PĂºblico Estadual do Amazonas ingressou com a aĂ§Ă£o respectiva, que acarretou a decisĂ£o provisĂ³ria divulgada.
“Ao longo do processo, junto ao TCU, foram emitidos dois pareceres favorĂ¡veis ao presidente da CNC, atestando que nĂ£o restaram caracterizados prejuĂzos ao Sesc do Amazonas, no tocante Ă mencionada locaĂ§Ă£o: pareceres da unidade tĂ©cnica regional da Secex do Amazonas e da Secretaria-Geral de Controle Externo do TCU (Secex), com manifestaĂ§Ă£o favorĂ¡vel desse parecer por parte do MinistĂ©rio PĂºblico do TCU”, informou.
Tadros tambĂ©m afirma, em nota, que a aĂ§Ă£o do MinistĂ©rio PĂºblico nĂ£o se aplica a gestores de entidades privadas, como o Sesc, que integram o sistema sindical e nĂ£o compõem a administraĂ§Ă£o pĂºblica. Ele alega que, assim como as outras partes envolvidas na aĂ§Ă£o, nĂ£o foi citado para exercer o direito de defesa e estĂ¡ adotando as medidas cabĂveis para revertĂª-la.
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