Suspeitas de superfaturamento na compra da Covaxin em debate na CPI

A CPI ouvirá Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, e seu irmão, o deputado Luis Miranda (DEM-DF). Ambos que fizeram denúncias sobre o tema

CPI aponta que Bolsonaro colocou obstáculo para Coronavac e Pfizer

Da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 24/06/2021 às 16:20 | Atualizado em: 24/06/2021 às 16:20

A suspeita de irregularidades na compra de vacinas indianas pelo governo federal dominou debate entre senadores da CPI da covid, nesta quinta-feira (24).

Segundo a Agência Senado, reportagens recentes na imprensa lançaram suspeitas de superfaturamento na compra da Covaxin, da empresa Bharat Biotech.

Dessa forma, chamou a atenção o valor unitário das doses da vacina indiana, em torno de R$ 80, mais elevado que o de outros imunizantes.

Assim como, a participação de um intermediário, a Precisa Medicamentos, o que não ocorreu em outras negociações do gênero.

Nesse sentido, Luis Ricardo Miranda, responsável pela importação de insumos no Ministério da Saúde, afirmou ter alertado o presidente Jair Bolsonaro sobre as suspeitas em torno da compra.

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Intimidação

O relator, Renan Calheiros (MDB-AL), acusou Onyx Lorenzoni, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, de intimidar os depoentes previstos para amanhã (25).

A CPI ouvirá Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, e seu irmão, o deputado Luis Miranda (DEM-DF). Ambos que fizeram denúncias sobre o tema.

No entanto, ss senadores aliados do governo negaram as acusações.

Por isso, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), anunciou ter pedido à Polícia Federal proteção para os irmãos Miranda.

Por outro lado, o governista Marcos Rogério (DEM-RO) acusou a CPI de estar “prejulgando”.

“Parece ser o maior fake news até agora no âmbito desta CPI… Eu sou a favor que se investigue. Investigar sim, prejulgar não”, disse.

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Foto: Jeferson Rudy/Agência Senado